A Colossal Biosciences anunciou, em 7 de abril, a criação de filhotes de lobo-terrível (Aenocyon dirus), uma espécie extinta há mais de 10 mil anos, usando técnicas de edição genética. Em um vídeo, a empresa mostrou os uivos dos filhotes, batizados de Rômulo, Remo e Khaleesi, que foram gerados a partir de DNA extraído de fósseis e modificado para se aproximar do lobo-cinzento (Canis lupus), a espécie viva mais próxima.
O processo de "deextinção" envolve a sequenciação do DNA do lobo-terrível, a identificação de genes relacionados no lobo-cinzento e a edição de 14 genes usando a técnica Crispr. Esse trabalho resultou em características como pelagem branca e maior porte. No entanto, a empresa enfrenta controvérsias sobre a adequação do termo "deextinção", pois os filhotes são geneticamente híbridos, com apenas 99,5% de semelhança genética com o lobo-terrível.
Os objetivos da Colossal incluem usar a edição genética como uma ferramenta para combater a extinção de espécies e restaurar ecossistemas. Contudo, especialistas questionam a viabilidade da reintrodução de espécies extintas e a real diferença genética que caracteriza cada espécie. A discussão sobre o impacto ambiental e a natureza híbrida dos novos animais continua, gerando debates na comunidade científica.
Fonte: G1
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