Maicol Santos, preso por confessar o assassinato de Vitória Sousa, alega em um áudio gravado por seus advogados que foi coagido por um delegado a confessar o crime. O áudio, que tem cerca de 10 minutos, foi gravado dois dias após seu interrogatório na delegacia de Cajamar. Nele, Maicol afirma que a pressão dos policiais o levou a inventar uma história para proteger sua família, mencionando que o delegado ameaçou prender seus familiares.
A defesa de Maicol, composta por seus advogados Flávio Ubirajara, Arthur Novaes e Vitor Aurélio, está considerando usar o áudio para pedir a anulação da confissão, já que eles não estavam presentes durante o interrogatório. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) foi acionada para garantir que as prerrogativas dos advogados fossem respeitadas, após relatos de dificuldades de acesso ao preso.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) defendeu a legalidade do depoimento de Maicol, afirmando que ele foi gravado na presença de uma advogada chamada pela polícia. No entanto, a defesa contesta a validade da confissão, alegando coação psicológica.
Maicol confessou que matou Vitória porque ela ameaçava contar à sua esposa sobre um relacionamento anterior. A polícia identificou inconsistências em sua confissão, como o número de ferimentos na vítima e a forma como o corpo foi encontrado. A perícia não encontrou sinais de violência no carro de Maicol, mas identificou manchas que serão analisadas.
Familiares de Vitória acreditam que Maicol teve ajuda de outras pessoas, e a polícia considera o caso esclarecido, com Maicol identificado como o único autor do crime. O caso segue sob investigação, e a defesa questiona a realização de uma perícia psiquiátrica sem ordem judicial, considerando-a ilegal.
A situação gerou protestos em Cajamar, onde amigos e familiares de Vitória pedem justiça. A polícia mantém que Maicol agiu sozinho e que a motivação do crime está clara.
Fonte: G1
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