O rapper Oruam foi detido nesta quinta-feira (20) na orla da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo informações, o artista realizou uma manobra arriscada em contramão para tentar escapar de uma abordagem policial. A assessoria de Oruam informou que ele foi levado à 16ª DP (Barra) “após ter sido parado em uma blitz”.
A situação gerou aglomeração, com uma multidão se reunindo em torno da viatura, o que levou os policiais a usarem spray de pimenta para dispersar o tumulto.
Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, é um rapper que se destacou nas paradas musicais. Seu nome é uma inversão do próprio nome, "Mauro". Ele é filho de Marcinho VP, chefe da facção criminosa Comando Vermelho, que está preso por diversos crimes, incluindo homicídio e tráfico de drogas. O rapper possui tatuagens em homenagem ao pai e a outros criminosos notórios, como Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Recentemente, Oruam se tornou alvo de projetos de lei em todo o Brasil, que visa proibir a contratação de shows e eventos voltados ao público jovem que promovam apologia ao crime ou ao uso de drogas. Essas iniciativas geraram debates sobre a responsabilidade dos artistas que não se referem à influência sobre seus fãs e à cultura do funk e do rap.
A discussão em torno de Oruam e outros artistas do gênero levanta questões sobre a liberdade de expressão e o combate à criminalidade, com argumentos críticos que tentam silenciar esses artistas é tão condenável quanto à apologia ao crime que se busca combater.
Fonte: G1
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