Nunes Afirma: 'Não conheço as músicas do rapaz, pra você ver que tenho um bom gosto', em Comentário sobre Lei 'Anti-Oruam.


O rapper Oruam, conhecido por sua música "Oh Garota Eu Quero Você Só Pra Mim", é alvo de um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo, chamado "Lei Anti-Oruam". Proposto pela vereadora Amanda Vettorazzo, o projeto busca proibir a contratação de artistas que façam apologia ao crime ou ao uso de drogas em eventos abertos ao público infantojuvenil. Embora Oruam não seja especificado diretamente no texto, a vereadora expressa claramente seu desejo de impedir suas apresentações na cidade.

Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, defendeu a vereadora, afirmando que a proposta não é uma ação contra o funk ou qualquer expressão cultural, mas uma resposta a conteúdos que promovam o crime. Oruam, que tem uma conexão pessoal com o crime, é filho do traficante Marcinho VP, e suas músicas frequentemente abordam temas relacionados à criminalidade.

Vettorazzo argumenta que a lei visa proteger crianças e adolescentes e critica Oruam por normalizar o crime nas suas canções. Ela também denunciou um aumento de rappers e funkeiros que mencionam facções criminosas em suas letras. Em resposta, Ediane Maria, deputada estadual e coordenadora da Frente Parlamentar do Funk, vê o projeto como uma tentativa de criminalizar gêneros musicais, especialmente aqueles que emergem da cultura negra.

O debate em torno da "Lei Anti-Oruam" reflete uma tensão contínua entre a cultura urbana e a percepção pública do crime, com muitos defensores do funk e do rap argumentando que tais ações são racistas e abordadas à expressão cultural. A vereadora, no entanto, insiste que a proposta é impessoal e se aplica a qualquer artista que faça apologia ao crime.

Fonte: G1
 

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