Brasileiros deportados dos Estados Unidos relatam perdas emocionais e materiais significativas ao retornarem ao Brasil, como no caso de André dos Santos, que deixou para trás um furão de interesses e uma casa recém-mobiliada em Massachusetts. Após ser preso pela imigração, ele ficou com a difícil realidade de não poder recuperar seus bens devido à burocracia e ao alto custo do transporte.
Outro deportado, Pedro Henrique, teve que deixar itens essenciais e de valor sentimental, incluindo alianças herdadas de sua avó. Ele e sua esposa foram detidos enquanto buscavam no asilo, e ao serem deportados, não conseguiram levar nada além de seus passaportes.
O Ministério das Relações Exteriores informou que a responsabilidade pelos bens deixados é dos deportados, e especialistas em direito de imigração afirmam que, geralmente, os pertences ficam perdidos. Muitas vezes, os deportados chegam ao Brasil sem dinheiro ou recursos, enfrentando dificuldades para se reestabelecer.
O voo que trouxe os deportados para Belo Horizonte foi o segundo sob o governo de Donald Trump, que reverteu políticas mais brandas do governo Biden. Com a ampliação da deportação acelerada, os imigrantes ilegais enfrentam um processo mais rápido e severo. Os relatos de deportados destacam a falta de assistência e a desumanização do processo, gerando preocupação sobre os direitos e a dignidade dos imigrantes.
Fonte: G1
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