Lauane da Silva, de três anos, faleceu na madrugada desta segunda-feira (6) no Hospital de Urgência de Teresina. Ela estava internada desde quarta-feira (1º) após ingerir arroz envenenado com uma substância semelhante ao "chumbinho". Outras oito pessoas da família também consumiram o alimento, resultando na morte do irmão e do tio da menina.
A mãe de Lauane, Francisca Maria da Silva, de 32 anos, e sua irmã de quatro anos continuam internadas. Francisca está no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (Heda), em Parnaíba, enquanto a filha está no hospital de Teresina. Quatro outros familiares foram hospitalizados, mas já receberam alta.
Um laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) revelou que o veneno estava no baião de dois preparado pela família no dia anterior. A Polícia Civil do Piauí investiga o caso como homicídio. O médico Antônio Nunes, diretor do IML, afirmou que a substância estava em grande quantidade e visível no arroz.
A princípio, suspeitou-se que um peixe doado à família estivesse envenenado, mas os exames não encontraram veneno nele, excluindo o casal que o doou como suspeito. A substância identificada foi o "terbufós", um inseticida que afeta o sistema nervoso e pode causar morte. Este mesmo veneno já havia envenenado dois meninos da família em 2024, levando à prisão de uma vizinha.
A investigação se concentra em como o veneno foi parar no baião de dois, com o delegado Abimael Silva afirmando que sua presença não pode ser acidental. No Réveillon, a família preparou uma ceia, e no dia 1º, consumiram o restante do baião de dois, começando a sentir os efeitos do envenenamento logo após o almoço.
Até agora, três pessoas da família morreram: um bebê de um ano e oito meses, Lauane de três anos e um jovem de 18 anos. Os outros internados incluem a mãe e a irmã de Lauane, enquanto alguns parentes já receberam alta. A investigação continua para identificar o responsável pelo envenenamento.
Fonte: G1
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