O dólar turismo teve uma alta significativa na quarta-feira (18), superando R$ 6,60 em diversas casas de câmbio em São Paulo. A equipe de reportagem contatou dez estabelecimentos em regiões como Faria Lima, Liberdade, República, Lapa e Avenida Paulista, observando flutuações nas cotações ao longo do dia. Na manhã, os valores variaram de R$ 6,36 a R$ 6,53, enquanto à tarde, chegaram a R$ 6,45 e R$ 6,66, refletindo influências políticas e econômicas.
A maior cotação da manhã foi de R$ 6,53 em uma corretora na Avenida das Nações, que à tarde subiu para R$ 6,66. Nas últimas semanas, o dólar tem apresentado uma forte alta, com o dólar comercial fechando a R$ 6,267, uma subida de 2,81%. O Banco Central já realizou sete leilões de dólares desde a última quinta-feira (12), injetando quase US$ 13 bilhões no mercado, mas sem conseguir conter a valorização da moeda.
Alexandre Dellamura, especialista em economia, explica que o dólar turismo é geralmente mais caro que o comercial devido aos riscos das transações manuais. O dólar comercial é usado em operações de maior volume, enquanto o turismo se aplica a compras em espécie, cheques de viagem e cartões pré-pagos. O spread entre compra e venda do dólar turismo pode variar entre R$ 0,30 e R$ 0,70, enquanto no comercial é muito menor.
Dellamura ressalta a importância de pesquisar e comparar cotações, pois as diferenças podem ser significativas, chegando até R$ 0,25 por dólar, considerando o IOF. A alíquota do IOF é de 1,1% na compra e 0,38% na venda de moeda estrangeira, e 4,38% para compras em cartões de crédito internacionais.
Algumas casas de câmbio oferecem serviços de entrega de moeda em espécie. Para quem viaja aos Estados Unidos, a compra do "dólar antigo", aceito no país e com cotação ligeiramente inferior, é uma opção. Dellamura alerta para os riscos de adquirir moeda em locais não autorizados, pois isso pode configurar crime de evasão de divisas e aumentar o risco de receber notas falsas.
Fonte: JR
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