Na quinta-feira (21), a Polícia Federal indiciou 37 pessoas, incluindo o padre católico José Eduardo de Oliveira e Silva, da Diocese de Osasco, em um inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado no Brasil. O padre já havia sido alvo da operação Tempus Veritatis em fevereiro, que resultou em diversos mandados de busca e prisão relacionados à tentativa de golpe em janeiro de 2023.
José Eduardo é conhecido por seus vídeos no YouTube, onde aborda temas como guerra cultural e críticas a artistas pop. Ele é acusado de fazer parte do núcleo jurídico que assessorava os envolvidos no golpe, elaborando minutas de decretos que favoreciam interesses golpistas. O inquérito aponta que ele participou de uma reunião no Palácio do Planalto em novembro de 2022, junto a outros indiciados.
Após o indiciamento, o padre foi informado de que precisaria cumprir medidas cautelares, como a proibição de contato com outros investigados e a entrega de seus passaportes. Seu advogado contestou a legalidade da investigação, questionando a quebra de sigilo.
Em uma nota, o padre negou envolvimento em qualquer conspiração contra a Constituição, enfatizando seu compromisso com a lei e a ordem estabelecida. Ele se declarou à disposição da justiça e criticou a interpretação de suas ações.
Com 18 anos de sacerdócio, o padre é um defensor da ala conservadora da Igreja Católica e frequentemente comenta sobre questões sociais, como o aborto, e critica outros colegas de igreja que chama de "chatólicos". Ele também se envolve com canais de extrema direita e expressa opiniões contundentes sobre cultura e moralidade em suas produções online.
Fonte: G1
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