No Brasil, o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 71.730 novos casos da doença em 2024. Silencioso na maioria dos casos, o câncer de próstata pode permanecer assintomático por longos períodos, permitindo que o paciente conviva com a doença sem perceber. Por outro lado, quando revelado precocemente através de exames preventivos, como o PSA - teste feito a partir da coleta de amostra de sangue do paciente - e o toque retal, as chances de cura são extremamente altas, ultrapassando 90% dos casos.
“O paciente pode conviver com o câncer de próstata por anos, sem apresentar qualquer sintoma. Por isso os exames de rastreamento são importantes, para identificar a doença logo no início. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda que os homens façam os exames preventivos anualmente, a partir dos 50 anos. Homens negros ou aqueles que tiveram parentes de primeiro grau com a doença, como pai ou irmãos, devem iniciar o rastreamento aos 45 anos”, alerta o médico urologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Jean Felipe Prodocimo Lestingi.
Segundo o médico, existe uma questão que interfere no diagnóstico precoce do câncer de próstata. “Muitos homens pensam que são mais fortes, que nada acontecerá com eles, que não ficarão doentes e acabam deixando de ir às consultas e fazer os exames. O tabu em relação ao toque retal também é um desafio. Isso dificulta o diagnóstico precoce e o tratamento. O objetivo do exame PSA (Antígeno Prostático Específico) e do exame de toque retal é, de maneira preventiva, contribuir para que o homem envelheça com qualidade de vida”, afirma.
Campanhas como o Novembro Azul, que facilitam o acesso à informação e promovem a conscientização, são essenciais para mudar essa realidade não só durante o mês de novembro, mas o ano todo. “O desconforto de tratar uma doença em estágio avançado é muito maior do que uma consulta anual. O câncer de próstata tem cura e o primeiro passo é fazer o acompanhamento com urologista e exames de rotina. Além disso, é fundamental adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, a prática regular de atividades físicas e evitar o tabagismo e consumo de álcool”, orienta Dr. Lestingi.
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