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Idoso acusado de racismo e apologia ao nazismo no shopping de Itu é solto pela Justiça.


 Um homem de 74 anos, suspeito de fazer apologia ao nazismo e praticar atos racistas em um shopping em Itu (SP) na quinta-feira (21), foi liberado após audiência de custódia realizada na sexta-feira (23). A informação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

Conforme o TJ, o suspeito não pode deixar o município por mais de oito dias e está proibido de frequentar locais que vendam bebidas alcoólicas.

A prisão ocorreu após três pessoas registrarem um boletim de ocorrência em decorrência dos ataques racistas. Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, relatou que o homem entrou na loja onde ela trabalha e comentou que gostava da gerente por causa de sua cor de pele.

"Ele já chegou dizendo que não queria ser atendido por mim por eu ser negro. Quando a gerente tentou intervir, ele falou que gostava dela por ser 'branquinha'. Tentamos explicar que isso era racismo, mas ele assumiu a postura de que era racista", contou.

A vítima também mencionou que, além das ofensas raciais, o suspeito fez comentários com ideologias nazistas, mencionando Hitler e a cruz de ferro, uma condecoração militar da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.

"Ele afirmou na loja que Hitler estava certo em suas ideologias e que 'preto tem tudo que morrer'. Ele ainda disse que tatuaria uma cruz de ferro. Minha gerente, então, entregou os boletos e pediu para que ele se retirasse", relatou.

Os ataques continuaram fora da loja, conforme outra vítima. Mesmo quando abordado por outras pessoas, o homem ignorou as indagações.

"Ele passou perto de mim e da minha esposa com o braço levantado, gritando 'Viva a Alemanha! Odeio pretos e todos têm que morrer'. Quando perguntei o que ele disse, ele virou as costas e foi embora. As ofensas na loja haviam acontecido pouco antes", afirmou.

Em nota, o Plaza Shopping Itu declarou que não tolera atitudes discriminatórias ou ofensivas e que está oferecendo apoio às partes envolvidas e à polícia.

A reportagem tentou contato com a loja onde ocorreu o incidente, mas não obteve resposta até a publicação.

Fonte: G1

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