Três pessoas registraram um boletim de ocorrência após serem alvo de ataques racistas de um idoso de 74 anos em um shopping em Itu (SP), na última quinta-feira (21). O suspeito, que também teria feito apologia ao nazismo, foi preso.
Uma das vítimas, que optou por não se identificar, relatou que as agressões ocorreram em vários pontos do shopping. O homem entrou na loja onde ela trabalha e afirmou que preferia não ser atendido por ela por causa de sua cor de pele. Quando a gerente tentou intervir, ele expressou sua preferência pela gerente, chamando-a de "branquinha". Apesar de terem confrontado o homem sobre seu comportamento racista, ele confirmou suas atitudes, afirmando ser racista.
A vítima também mencionou que, além dos ataques racistas, o suspeito fez comentários com ideologias nazistas, fazendo referência a Hitler e à cruz de ferro, uma condecoração militar da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Ele chegou a afirmar que "Hitler estava certo" e que "preto tem tudo que morrer", além de declarar sua intenção de tatuar uma cruz de ferro. A gerente da loja pediu que ele se retirasse.
Outra vítima descreveu que as agressões continuaram pelos corredores do shopping. O idoso, ignorando indagações de outras pessoas, passou ao lado dele e da esposa levantando o braço em um gesto de saudação à Alemanha, proferindo ofensas racistas.
Um dos homens expressou seu choque e revolta diante da situação, ressaltando a dificuldade de aceitar que ainda existem pessoas com mentalidade semelhante à de Hitler. Ele lamentou o ocorrido, especialmente por ter acontecido logo após o Dia da Consciência Negra, um feriado significativo para a comunidade.
O homem foi preso e levado ao Plantão Policial de Itu. O g1 entrou em contato com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para verificar se ele já havia passado por audiência de custódia, mas não obteve resposta até a última atualização.
Em nota, o Plaza Shopping Itu informou que não tolera atitudes discriminatórias e está prestando apoio às partes envolvidas e à polícia. A reportagem também tentou contatar a loja onde ocorreram os atos racistas, mas não recebeu retorno até a publicação.
Fonte: G1
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