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Ex-primeira-dama argentina revela alegações de agressões e 'terrorismo psicológico' de Alberto Fernández por telefone.


  A ex-primeira-dama da Argentina, Fabiola Yañez, fez suas primeiras declarações após acusar o ex-presidente Alberto Fernández de violência física e assédio. Em uma entrevista ao site argentino "Infobae" divulgada no sábado (10), ela revelou que o ex-presidente praticava um constante "terrorismo psicológico" por telefone.

"Outra forma de violência da qual fui vítima por muito tempo foi o assédio telefônico. Terrorismo psicológico. Essa pessoa passou dois meses me ameaçando dia sim, dia não, dizendo que se eu fizesse isso ou aquilo, ele se suicidaria", afirmou Yañez.

Ela relatou que buscou ajuda de "diversas pessoas", incluindo o Ministério da Mulher, durante o "último ano" do mandato presidencial, mas não obteve assistência. Alberto Fernández foi presidente da Argentina de 2019 a 2023.

A ex-primeira-dama argentina fez a denúncia contra seu ex-parceiro na última terça-feira (6). Após a divulgação da informação, Fernández negou as acusações em uma nota publicada nas redes sociais e prometeu apresentar à Justiça "as provas e depoimentos que comprovarão o que realmente aconteceu".

Dois dias depois, imagens de Yañez com hematomas no braço e rosto foram reveladas pelo "Infobae". Em trocas de mensagens com o ex-parceiro, ela mencionou ter sido agredida por três dias consecutivos.

Yáñez, de 43 anos, e Fernández, de 65, foram casados durante todo o mandato e tiveram um filho em 2022.

Além disso, há um vídeo no qual Fernández aparece flertando com a radialista Tamara Pettinato, enquanto a esposa está na residência presidencial. O breve vídeo foi gravado no gabinete presidencial da Casa Rosada durante um jantar a dois em 2020, quando ela tinha 36 anos e ele 61.

Yañez também afirmou que o vídeo do ex-presidente fazendo "galanteios" a outra mulher "não representa nem de longe o que ele já fez". Quando questionada se sofreu violência sexual, ela mencionou que não poderia comentar sobre o assunto devido ao sigilo do caso.

Ao se deparar com um delito paralelo, o juiz Julián Ercolini perguntou a Fabiola Yañez se ela queria registrar uma queixa, e ela respondeu negativamente. No entanto, na terça-feira, a ex-primeira-dama mudou de posição.

Ela também revelou que ficou arrasada ao ver as fotos, principalmente por seu filho. Yañez explicou que o caso não veio à tona por sua própria escolha, mas sim devido a uma investigação de corrupção envolvendo o celular de sua ex-secretária, María Cantero, onde foram encontradas conversas que descreviam os episódios de violência.

Por fim, Yañez afirmou que nunca se considerou feminista, mas que a violência contra as mulheres é uma das coisas mais condenáveis do mundo. Ela ressaltou a importância de denunciar esses tipos de violência e combater atitudes retrógradas.

Fonte: G1

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