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Amor de avós: idosos do interior de SP falam sobre relação de companheirismo com netos e valorização da família.


  A aposentada Rute Maria sempre teve o sonho de se tornar avó. Em pouco tempo, esse desejo se multiplicou por quatro, com Daniel, Guilherme, Théo e Natalia. Por outro lado, Neide Aparecida quase perde a conta da quantidade de netos que tem: no total, são 12.

No Dia dos Avós, celebrado nesta sexta-feira (26), foi contada a história dessas duas famílias para falar sobre a relação entre os mais velhos e os mais jovens.

Rute e seu marido, José Brisola, estão casados há 42 anos e aproveitam a vida para continuar com a paixão da aposentada por viajar. A saudade dos netos, no entanto, era um obstáculo. Então, o casal decidiu unir o útil ao agradável e passou a levá-los em suas aventuras.

"Eu já viajei com ela de avião, fomos para Jericoacoara (CE). Eu adorei ir para lá, é muito legal, tem várias praias, é incrível. [Atualmente] venho quase todos os dias pedir chocolate para a minha avó. Se não é chocolate, é comida [...]. Eles são tudo para mim", conta o neto Daniel Brisola.

Yasmin, Vitória, Endrick, Pedro Miguel... Enquanto Rute consegue viajar com os netos em um carro de sete lugares, Neide Aparecida Marciano e seu marido, Antenor dos Santos, alugaram uma van.

A professora tem 12 netos ao todo, sendo o pequeno Endrick, com apenas um mês, o membro mais novo da família. Se a casa já fica cheia nos almoços de fim de semana, durante as férias escolares, a lotação é quase diária.

"São como meus filhos, se eu preciso dar um puxão de orelha, eu dou, se preciso brigar por eles, eu brigo. Para mim, são tudo", declara Neide.

Além de ser avó, Neide também desempenha o papel de conselheira. Yasmin Camilly, a neta mais velha, aproveita o tempo com a família para brincar e pedir conselhos à mais velha.

"Ela me incentivou a tocar meu instrumento, que agora estou tocando, me incentivou a continuar meu curso. Sempre diz 'cada passo de cada vez, com calma'. Ela dá seus sermões, mas eu entendo que muitas vezes é para nos ajudar e proteger. No final, tudo ajuda e todos ficam bem", diz.

Como uma boa professora, Neide também gosta de incentivar os netos no campo artístico, encorajando-os a tocar instrumentos musicais. João Pedro, por exemplo, está aprendendo a tocar flauta.

"Todos nós temos potencial na vida. Podemos tocar o instrumento que quisermos. Eu gosto de tocar flauta, sinto que é para mim. É um instrumento que conheço e que gosto", explica.

A relação entre avós e netos também traz reflexões. A experiência dos avós ajuda os jovens, mas a troca é fundamental para ambos os lados, como destaca Antenor dos Santos.

"Meus netos são como meus segundos filhos, ensino a eles a serem boas pessoas, gentis, a fazer o bem", conclui o avô Antenor.

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