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Um casal de paraenses celebrou sua cerimônia de casamento em um hospital, já que a noiva estava internada para tratamento paliativo de câncer de mama, em Belém, Pará.
A noiva foi levada ao altar em uma cama hospitalar com suporte de vida, ao lado de profissionais do hospital oncológico.
"Sempre sonhei em me casar na presença de Deus e finalmente realizei esse desejo", disse a paciente, que está hospitalizada desde maio de 2023.
Gracilene Pantoja, 50 anos, e Fernando Martins, 56 anos, celebraram sua união na última sexta-feira, com a presença de amigos e familiares.
A jornada começou dois anos atrás, quando Gracilene foi diagnosticada com câncer de mama. Desde então, ela tem encontrado força na fé para lidar com a doença.
"Deus tem sido meu porto seguro, assim como Fernando, minhas filhas e todos os envolvidos no meu tratamento. Eles elevam meu espírito e me dão a segurança para seguir em frente. Só posso agradecer a Deus por isso", afirmou a paciente.
O casal se conheceu nos anos 2000, através da irmã de Fernando, que é melhor amiga e agora cunhada de Gracilene, que os convidou para um passeio de barco.
"Eu estava solteira e sempre sonhei em encontrar alguém especial. Então, eu sempre dizia que algumas pessoas não sabem agarrar a sorte que têm e se eu ficasse com ele, seria diferente porque iria ensiná-lo a gostar de mim e me amar do jeito que sou", contou Gracilene.
Embora não esperassem um relacionamento sério na época, o futuro reservava algo especial para eles. O casal está junto há 23 anos e são pais de duas meninas.
Fernando e Gracilene planejavam se casar, mas a saúde da noiva impediu que isso acontecesse da forma como imaginavam. Em um gesto de amor no Dia dos Namorados, Fernando a pediu em casamento no hospital para reforçar a importância do relacionamento.
O Hospital Ophir Loyola tem sido palco de histórias de amor e cerimônias não convencionais, com sete casamentos realizados na unidade de saúde. O apoio da equipe hospitalar e voluntários foi fundamental para tornar esses momentos especiais, fornecendo alianças, trajes, buquê, maquiagem, cerimonial, fotolivro e decoração do auditório.
A enfermeira Margarida Carvalho destacou que, mesmo atuando em uma área complexa da medicina, a equipe busca não só aliviar os sintomas físicos, mas também proporcionar suporte psicológico, social e espiritual aos pacientes. A celebração do casamento do casal foi uma forma de valorizar a autonomia da paciente e respeitar seus valores e prioridades.
Fonte: G1
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