O Ministério da Defesa está conduzindo estudos sobre a possibilidade de mulheres ingressarem nas Forças Armadas em papéis de combate. Essa iniciativa surge três meses após o Exército ter indicado, em um caso perante o Supremo Tribunal Federal (STF), que as características físicas das mulheres são um obstáculo para sua admissão nas Forças Armadas.
Conforme a proposta em análise, ao contrário dos homens, o alistamento de mulheres de 18 anos será voluntário.
De acordo com a portaria assinada pelo ministro José Múcio Monteiro, a previsão inicial é que o primeiro grupo de mulheres se aliste em 2025 e comece a servir nas Forças Armadas a partir do ano seguinte.
Atualmente, há 34 mil mulheres nas Forças Armadas, de um total de 360 mil militares. A inclusão de mulheres teve início em 1980, com a Marinha. Em 1982, foi a vez da Força Aérea. O Exército, por sua vez, começou a aceitar mulheres em suas fileiras em 1992. No entanto, em todos os casos, a admissão inicial ocorreu em carreiras específicas, como saúde, intendência (logística) e no quadro de material bélico (manutenção de armas e veículos).
No ano passado, a Procuradoria-Geral da República questionou essa restrição e apresentou ações no STF.
Enquanto o Brasil debate a participação das mulheres em funções de combate nas Forças Armadas, em outros lugares do mundo, a presença feminina na linha de frente de conflitos e guerras tem sido uma realidade há cerca de 40 anos. Pelo menos 17 países, incluindo nações democráticas e em conflito, têm mulheres atuando em unidades de combate. Exemplos incluem França, Alemanha, Dinamarca, Holanda, Nova Zelândia, Polônia, Suécia, Austrália, Finlândia, Índia, Canadá, entre outros.
Fonte: CNN
0 Comentários