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Rússia anuncia exercícios militares com armas nucleares em resposta a 'ameaças ocidentais' por ordem de Putin.

Presidente russo, Vladimir Putin, comparece a cerimônia de Páscoa Ortodoxa em Moscou — Foto: Sputnik/Valeriy Sharifulin/Pool via Reuters

Nesta segunda-feira (6), o Ministério da Defesa da Rússia anunciou que irá incluir o uso de armas nucleares táticas em exercícios militares que serão realizados em breve, por ordem do presidente do país, Vladimir Putin.

Em comunicado, o ministério afirmou que essa ação é uma resposta às "falas provocativas e ameaças de certas autoridades ocidentais contra a Federação Russa".

Embora o comunicado não mencione especificamente as autoridades ocidentais, a Rússia tem expressado preocupações sobre as declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, acerca de uma possível intervenção na Ucrânia, consideradas extremamente perigosas.

Enquanto Macron tem afirmado que não exclui a possibilidade de enviar tropas para a Ucrânia, o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, mencionou que as forças ucranianas poderiam utilizar armas de longo alcance britânicas para atingir alvos em território russo.

Arsenal nuclear tático
Os exercícios envolverão treinamentos para o uso de armas nucleares não estratégicas, conforme divulgado pela Defesa. Divisões do Distrito Militar do Sul e destacamentos navais serão mobilizados.

O arsenal nuclear tático possui menor poder destrutivo se comparado às ogivas nucleares equipadas com mísseis balísticos intercontinentais, que são projetados para destruir cidades inteiras. Esse arsenal inclui bombas lançadas de aviões e ogivas para mísseis de curto alcance.

A Rússia alega que os EUA e seus aliados na Europa estão conduzindo o mundo para um possível confronto entre potências nucleares ao apoiar a Ucrânia com um significativo armamento no conflito contra as forças de Moscou, desde a invasão russa iniciada em fevereiro de 2022.

Países com armas nucleares em seus arsenais geralmente realizam verificações de rotina, mas raramente destacam esses exercícios como resposta a ameaças específicas.

Fonte: G1


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