Durante um período de 1 ano, 5 meses e 3 semanas, o Instituto do Coração (InCor) de São Paulo foi o lar do pequeno Davi D'Artibale, de 3 anos, que foi diagnosticado com cardiopatia congênita, uma condição cardíaca congênita. Nesta quarta-feira (8), a notícia tão aguardada finalmente chegou: a alta hospitalar após ter passado por um transplante cardíaco em 17 de fevereiro.
Tatiana Cristina D'Artibale, mãe de Davi, expressou sua gratidão a Deus e à equipe do InCor, compartilhando sua imensa alegria. Ela mencionou que a casa está pronta para receber Davi e que seus quatro irmãos estão ansiosos pela sua chegada. Embora haja uma nova adaptação com medicações e outros cuidados, tudo está se encaminhando bem a cada dia.
A história de Davi foi trazida à luz durante uma reportagem realizada em outubro de 2023 sobre os 30 anos de transplantes cardíacos realizados no InCor, em São Paulo. Na ocasião, o menino encantador e inteligente brincou com cartas do alfabeto, associando letras a palavras como "C de coração" e "D de Davi".
A mãe de Davi revelou que a cardiopatia congênita foi descoberta no final da gestação, e ele passou por duas cirurgias, sendo a primeira realizada quando tinha apenas três dias de vida. A família, que tem cinco filhos, mudou-se de Boa Vista, Roraima, para Atibaia para ficar mais perto de São Paulo durante o tratamento no InCor. Os pais se revezavam para permanecer uma semana de cada vez no quarto do hospital.
No momento em que aguardava pelo transplante, a mãe mencionou a complexidade emocional de saber que a vida de outra criança poderia ser perdida para que Davi recebesse um novo coração, mas também mencionou a possibilidade de que a doação desse órgão seria uma bênção para a família do doador.
Em 17 de fevereiro deste ano, o tão esperado transplante foi realizado, dando um novo significado para uma de suas letras favoritas do alfabeto: "C de coração". O procedimento coincidiu com o aniversário de Davi, celebrado em 28 de fevereiro.
O transplante cardíaco é descrito pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) como uma solução viável para pessoas com doenças cardíacas graves e irreversíveis. A seleção dos receptores é feita com base em avaliações médicas que consideram a gravidade da condição, a idade, o estado de saúde e a capacidade de recuperação do paciente.
Após a alta hospitalar, os pacientes continuam a reabilitação em casa ou em um centro especializado, fazem visitas regulares ao médico para monitorar a saúde cardíaca e ajustar medicamentos.
No InCor, cerca de dez pacientes precisaram passar por um procedimento adicional, o retransplante, de acordo com Estela Azeka, coordenadora clínica do Núcleo de Transplante de Coração do InCor. Ela menciona que o retransplante pode ser necessário em casos de doença coronariana após o transplante inicial.
Fonte: G1
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