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Ex-secretário de Itatiba recebia salário de organização associada ao PCC, indica Gaeco.

Conforme mensagens trocadas pelo grupo ligado ao PCC, por supostas fraudes em licitação, em uma das ocasiões, R$ 35 mil foram separadas para serem enviados a Itatiba (SP) — Foto: Reprodução

O ex-secretário de Administração da Prefeitura de Itatiba (SP), Eduardo Antônio Sesti Júnior, é suspeito de envolvimento em uma organização criminosa ligada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) que fraudava licitações em várias cidades de São Paulo. Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, Sesti Júnior, em conluio com empresas, cooptava funcionários públicos e secretários para favorecer atividades ilícitas.

A investigação do Gaeco de Guarulhos revelou mensagens trocadas entre Sesti Júnior e a empresa Vagner Borges Dias, indicando interferência nas licitações. O ex-secretário era apontado como mediador entre as empresas e a prefeitura, recebendo propina mensal do grupo criminoso.

A operação deflagrada em abril de 2023 visava desarticular um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações em todo o estado, com a prisão de três vereadores e outras 10 pessoas. A quadrilha, ligada ao PCC, forjava concorrências para obter contratos milionários de prestação de serviços terceirizados em órgãos públicos.

O esquema envolvia empresas associadas ao PCC ou controladas por laranjas, com participação de agentes públicos, incluindo vereadores, que recebiam propina para favorecer as empresas do grupo. Foram cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão em diversos endereços, resultando na apreensão de armas, celulares, notebooks e grandes somas em dinheiro.

Os municípios de Guarulhos, São Paulo, Itatiba e outros estão sob investigação de contratos fraudulentos. O esquema contava com a simulação de concorrência entre empresas parceiras, corrupção de agentes públicos e políticos, além de diversos outros crimes como fraudes documentais e lavagem de dinheiro. O MP identificou três núcleos principais no esquema: empresários ligados ao PCC, advogados que atuavam para as empresas e agentes políticos envolvidos em corrupção.

Fonte: G1

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