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'Achei que fosse brincadeira', diz idoso que levou 'voadora' de desconhecido na rua em Franca, SP; VÍDEO


  Antes de entender a gravidade da situação, o lavador de carros Cleomar Orlando Gomide, de 69 anos, pensou que o homem desconhecido que o atacou brutalmente no meio da rua em Franca (SP) estava brincando.

“Eu fiz 21 anos de luta, academia, mas eu não estava preparado, achei que fosse brincadeira. Não deu tempo de nada (...) Não tenho inimigo, nada. As pessoas me respeitam”, diz.

Segundo testemunhas, o agressor vive em situação de rua. Ele não foi identificado até o momento.

O ataque aconteceu na segunda-feira (29), quando Cleomar seguia a pé para o trabalho pela Avenida Hélio Palermo, no bairro Vila Caxias. Nas imagens feitas por câmeras de segurança, é possível ver um homem caminhando pela calçada no sentido oposto ao da vítima. Ele ergue os braços, e Cleomar sai em direção à rua.

“Eu saí pra rua porque ele veio apontando as duas mãos para o meu lado. Pensei: ou ele está brincando ou está doido. Eu saí pra rua pra ele passar e ele veio para o meu lado igual a uma bala.”

No momento em que os dois se cruzam, o homem parte para cima de Cleomar. Ele dá um pontapé com força e quase atinge a cabeça da vítima. Os dois vão para o meio da rua e, por pouco, não são atropelados.

Em seguida, o agressor dá socos no lavador, que consegue correr para a calçada, mas é alcançado. Cleomar leva joelhadas, cai e continua sendo agredido com chutes enquanto está no chão.

Quando termina de bater no idoso, o homem pega a camisa e vai embora como se nada tivesse acontecido. Cleomar ainda fica no chão por alguns segundos, observando o agressor. Depois, se levanta e pede ajuda.

A vítima foi levada ao pronto-socorro por um comerciante e levou cerca de 20 pontos no rosto, além de ter sofrido escoriações em todo o corpo. O lavador diz desconhecer o motivo de tanta violência e que nunca imaginou passar por uma situação como essa.

“Eu moro em Franca desde 1973 e nunca tive problema, em qualquer lugar que eu ando em Franca as pessoas me respeitam. Acordo às 4h para fazer caminhada, nunca o vi. Parece que ele estava endereçado para mim. Eu estava indo trabalhar.”

Em recuperação em Minas Gerais, Cleomar espera que o agressor seja identificado e punido, mas teme a impunidade.

“Hoje, isso virou um negócio normal. O Brasil inteiro tem isso, não adianta que isso não vai consertar. Alguém está errando nisso aí.”

Procurada, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não comentou sobre o policiamento na região do ataque.

VÍDEO
Fonte: G1

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