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Estudo com IA detecta que impressões digitais podem ser repetidas




Durante o lockdown da Covid-19, Gabe Guo, aluno de graduação do departamento de Ciência da Computação da Universidade de Columbia (EUA), foi desafiado por um professor com uma pergunta.

 

O especialista intrigou seus alunos ao questionar se as impressões digitais realmente são únicas para cada pessoa. Certamente, todos nós já refletimos sobre isso ao menos uma vez na vida. Três anos após a pergunta na sala da universidade, Guo encontra-se no último ano do curso e desempenha um papel importante acerca das definições sobre as impressões digitais. 

Em colaboração com o professor Wenyao Xu, da Universidade de Buffalo, e outros coautores, Guo conduziu uma pesquisa cujos resultados foram recentemente publicados na revista Science Advances.

O estudo, liderado por Guo, aborda a noção comum de singularidade nas impressões digitais, levando-nos a questionar se as impressões realmente são individuais. 

Contrariando o que todos pensam acerca do tema, o estudo enfrentou desafios durante o processo de publicação, sendo finalmente aceito após várias rejeições. Será que, realmente, cada um tem uma impressão digital única? Estudo revela novas perspectivas A equipe alcançou resultados surpreendentes ao empregar um modelo de inteligência artificial (IA) denominado Rede Contrastiva Profunda, amplamente utilizado em tarefas como reconhecimento facial. 

Adicionando uma abordagem única ao modelo, os pesquisadores alimentaram-no com uma extensa base de dados do governo dos EUA, composta por 60 mil impressões digitais em pares, algumas pertencentes à mesma pessoa (mas de dedos diferentes) e outras a pessoas diferentes. 

O sistema baseado em IA revelou fortes semelhanças entre as impressões digitais de diferentes dedos da mesma pessoa, possibilitando a distinção exata entre impressões digitais pertencentes ao mesmo indivíduo e aquelas das demais pessoas, alcançando uma precisão notável de 77% para um único par. 

Este achado aparentemente contradiz a crença convencional de que cada impressão digital não se repete. Ao longo dos séculos de prática forense, a observação das minúcias, como ramificações e pontos finais nas cristas das impressões digitais, tem sido um método tradicional para a identificação. No entanto, Gabe Guo, desafiou essa técnica. 

Ele enfatizou que, embora tais detalhes sejam úteis para correspondência de impressões digitais, não são confiáveis para estabelecer correlações entre as impressões digitais da mesma pessoa. Essa percepção foi crucial para orientar o desenvolvimento do estudo que questiona a singularidade das impressões digitais.

Os pesquisadores revelaram que pode haver equívocos no sistema, mesmo acreditando que o sistema é totalmente confiável para tal feito. 

Além do mais, Guo revelou que o grupo de pesquisadores foi pioneiro na análise minuciosa sobre as impressões digitais, destacando a importância de continuar pesquisando o tema.

 Fonte: R7

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