A influenciadora digital Skarlete Melo, presa nesta sexta-feira (15) em Fortaleza por promover o "Jogo do tigrinho", recebia R$ 250 mil por semana para divulgar o jogo de azar, conforme o delegado responsável pela operação que levou à prisão dela.
Skarlete e o companheiro, Erick Costa, foram presos na sexta-feira (15) em um hotel de luxo na capital cearense, onde iriam receber convidados, onde iriam divulgar o lançamento de plataforma de jogos de azar ilegais. O casal de influenciadores digitais alugou vários quartos do estabelecimento para hospedar convidados.
Skarlete Melo foi liberada, mas terá que usar tornozeleira eletrônica. A Justiça decidiu que a influenciadora digital será monitorada em casa, pois comprovou ter dois filhos menores de 12 anos.
A dupla morava em uma mansão, com Porsche na garagem avaliado em R$ 475 mil, apreendido na operação. Segundo a polícia, além dos dois, foram cumpridos 10 mandados de prisão no Ceará e no Maranhão.
O jogo do tigrinho é irregular, e a divulgação dele é crime. Apostadores denunciam que sempre perdem quando fazem apostas no Fortune Tiger e não há possibilidade de vencer. Para divulgar a plataforma irregular, influenciadores com muitos seguidores nas redes sociais recebem dinheiro para fazer publicidade, o que é considerado crime.
A Polícia do Maranhão realizou operações contra influenciadores em setembro pela divulgação ilegal do jogo de azar. Com o cerco fechando para os divulgadores do estado, eles migraram para o Ceará, onde continuaram a prática ilegal.
Em setembro, foram cumpridos no total cinco mandados de busca e apreensão em endereços residenciais e comerciais, incluindo uma oficina mecânica, em São Luís.
Lei proíbe o jogo
O Fortune Tiger, um dos jogos ilegais afetados pela nova lei, já havia sido alvo de uma operação da Polícia Civil, em 26 de setembro, que apurava como influenciadores digitais estariam ganhando dinheiro ao apoiar e divulgar o game de apostas.
Antes, divulgar o Fortune Tiger já era considerado um ato ilegal por ir contra a Lei de Contravenções Penais que considera crime os jogos de azar em que o ganho ou a perda dependem da sorte.
Fonte: G1
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