A fábrica de Várzea Paulista (SP) que registrou uma explosão com cinco feridos em junho deste ano entrou em recuperação judicial. Conforme a advogada Sabrina Abreu, o acidente contribuiu para que a situação financeira se agravasse, gerando uma dívida de mais de R$ 30 milhões.
A explosão aconteceu em 22 de junho em um galpão da fábrica de produtos químicos. As vítimas foram socorridas e encaminhadas para hospitais da região. Na época, a Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar as causas do acidente.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a empresa não possuía o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). O documento atesta se o local tem ou não condições de segurança.
Ainda segundo Sabrina, que trabalha na empresa de advocacia que representa a empresa, a explosão suspendeu as atividades da fábrica, o que reduziu o faturamento e inflacionou as dívidas, que chegaram ao patamar de R$ 34,5 milhões.
"A explosão ocorrida na empresa acabou ocasionando o inadimplemento de fornecedores e clientes visto que a empresa teve que ficar com as atividades paralisadas. A medida foi apresentada de modo a garantir a continuidade da operação e preservar empregos, além de assegurar os compromissos com clientes e parceiros", explica.
Com a medida, a empresa terá as dívidas congeladas por 180 dias, até que consiga negociar o pagamento com os credores, sob mediação da Justiça. A decisão também afeta o imóvel onde a fábrica está localizada, que estava penhorado.
A explosão
A explosão ocorreu na manhã de 22 junho, em um galpão da empresa de resina, localizada no bairro Vila Leire, em Várzea Paulista (SP). Houve um incêndio que teve início por volta das 7h, após a explosão de uma caldeira. O local foi interditado pela Defesa Civil.
Com essa explosão, os destroços do telhado do galpão da empresa atingiram casas vizinhas. Nas imagens registradas por uma câmera de segurança de um bairro próximo, é possível ver os moradores assustados com a explosão. Em seguida, quando o fogo sobe, eles correm para a rua e as luzes das labaredas refletem nos muros.
Fonte: G1
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