Autoridades alertam para aumento de ameaças a escolas após ataque em São Paulo
O aumento das ameaças de atentados a escolas em São Paulo nas últimas semanas tem causado preocupação entre autoridades e especialistas. Isso ocorre após o ataque que resultou na morte de uma professora na Vila Sônia, zona oeste da cidade. O crime aconteceu em 27 de março na escola estadual Thomazia Montoro, e desde então, a Polícia Civil registrou 279 ameaças ou suspeitas de possíveis planos de novos atentados a escolas em todo o estado.
Esse aumento expressivo no número de casos é alarmante e preocupante. De janeiro até o dia 26 de março, haviam sido registradas 82 ameaças do mesmo tipo, o que significa um aumento de mais de 300% em apenas alguns dias. Cerca de 20% dessas ameaças ocorreram na Grande São Paulo, e foram registradas na área do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo), que abrange as cidades que integram a região metropolitana, exceto a capital.
A polícia não informou se os casos incluem escolas particulares e municipais ou se ocorreram apenas em unidades estaduais. O secretário da Segurança Pública do estado, Guilherme Derrite, disse em artigo publicado na Folha que no mesmo dia do atentado em São Paulo, cinco jovens foram flagrados com armas brancas em escolas de todo o estado, e uma mensagem com ameaças foi escrita na parede do banheiro de uma unidade na capital.
Esses casos são sinais de que a morte da professora inspirou potenciais agressores. Todos estavam ostentando símbolos, linguagem e máscaras iguais.
Nos Estados Unidos, estudos já apontaram para o risco de que a cobertura midiática sirva de canal para inspirar novos ataques. Um dos fatores identificados em pesquisas é que os autores desse tipo de atentado buscam justamente alcançar notoriedade com os crimes, e a repercussão dos ataques serve como recompensa.
Para Ivan Marques, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, parte dos registros pode ser bravata ou até mesmo uma tática de criminosos para levar o efetivo policial de uma área para outra. Ele lembra que os ataques a escolas são menos comuns do que vários tipos de crimes, embora isso não apague o horror que essas situações causam. "São eventos raros, tem muito mais casos de chacina no Brasil do que ataques em escolas, e o mesmo vale para os Estados Unidos, onde ocorrem há mais tempo", diz o pesquisador.
É preciso ter uma cooperação entre agentes do campo educacional junto com a parte investigativa, que é o trabalho de inteligência dentro de redes virtuais que promovem ódio, ou seja, monitorar redes neonazistas, fascistas, fóruns na internet que são pouco regulados. Para prevenir esse tipo de crime, o método mais eficaz deve envolver as comunidades escolares e a rede de apoio psicológico.
Além disso, é importante que as autoridades desenvolvam políticas públicas que ajudem a garantir a segurança dos alunos e professores nas escolas. A Polícia Militar reuniu os comandantes
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