Foto: MPT
No dia 26 de janeiro, uma força-tarefa formada pelo Ministério do Trabalho e Previdência, Ministério Público do Trabalho, Defensoria Pública da União e Polícia Rodoviária Federal resgatou 32 trabalhadores em condições de escravidão em uma fazenda localizada em Pirangi, cidade distante 380 km de São Paulo. A ação ocorreu em um canavial que fornecia o produto para a Caravelas, de acordo com informações publicadas pelo jornal Brasil de Fato.
As autoridades informaram que as vítimas foram aliciadas em cidades de Minas Gerais e levadas para o interior paulista por dois homens que ofereceram emprego e salário. Os trabalhadores foram contratados por uma terceirizada responsável pelo plantio e capina na fazenda, que é fornecedora da Colombo Agroindústria, proprietária da marca de açúcar refinado Caravelas. A empresa afirmou que a propriedade rural não lhe pertence, mas que se trata de uma fazenda arrendada para o plantio, segundo a Folha de São Paulo.
Os trabalhadores tiveram que pagar pelas próprias passagens até os alojamentos, em Palmares Paulista, cidade vizinha, custando R$ 320 por pessoa. Eles foram transportados clandestinamente em duas vans, de acordo com a investigação. Durante a operação, os trabalhadores foram resgatados e a terceirizada RPC Serviços de Plantio se comprometeu a arcar com as verbas rescisórias devidas aos trabalhadores e os custos de transporte para a volta às suas cidades de origem. A empresa também deverá reembolsar os valores referentes às passagens de ida e pagar as dívidas contraídas pelos trabalhadores no mercado.
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