Região - Mulher é abusada por homem que considerava como pai
A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Jundiaí mandou para trás das grades mais um abusador sexual. Ele teve a prisão temporária decretada pela Justiça, a pedido da delegada Aline Nery Bonchritiani. A medida foi cumprida por policiais da unidade, considerada especializada da Polícia Civil.
De acordo com a investigadora-chefe Lilian Picchi, a vítima de estupro considerava o abusador “um pai”, segundo relato que ela deu após sofrer a violência sexual dentro de casa.
Para confirmar sua alegação, a mulher chegou a gravar a conversa de ambos no momento do crime. Pelo áudio, é possível ouvi-la chorando e implorando para não ser estuprada. O abusador, no entanto, permaneceu indiferente.
Lilian explicou que, durante o depoimento, a mulher afirmou que confiava no acusado, que conhecera a um ano, mantendo com ele uma relação de pai e filha.
Sua história com o homem mudou quando ele a levou para casa, em um dia chuvoso, com a desculpa de que iria ajudá-la, já que o imóvel havia sido invadido pela água.
Tão logo chegaram, contou que o acusado, que estava embriagado, deu início às investidas, dizendo que não a via com filhas, mas sim como uma mulher, com a qual iria ter relações sexuais.
Imaginando o pior, pensou em gravar a conversa e, com isso, conseguiu uma prova contundente contra o homem, apesar de passar por um dos piores momentos de sua vida.
Ainda segundo o depoimento, o homem a forçou a deixá-lo praticar sexo oral, garantindo que, caso contrário, a mataria. Depois de cometer o abuso, manteve a mulher por algum tempo ali e só então permitiu que ela saísse.
Já no dia seguinte, no último dia 12, a vítima compareceu à DDM para prestar queixa. Munida com a prova, apresentou o áudio ao setor de investigações, que comunicou o fato à delegada titular.
Em uma ação rápida, um pedido de prisão foi formulado e apresentado ao Poder Judiciário. Diante da prova contundente, a medida foi decretada pela 2ª Vara Criminal de Jundiaí e, assim, o abusador pôde ser preso. Ele estava em Sorocaba e foi trazido para a Região, sendo custodiado no Centro de Triagem de Campo Limpo Paulista.
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