Acusado de assassinar Lara continua foragido depois de quase 9 meses
Passados quase nove meses do assassinato na menina Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, moradora em Campo Limpo Paulista, a polícia ainda não conseguiu localizar o principal suspeito do crime, Wellington Galindo de Queiroz, 42, que está com mandado de prisão decretado pela Justiça desde maio passado.
O corpo de Lara foi encontrado a cerca de cinco quilômetros de sua residência, já em Francisco Morato. Estava em uma área de mata, com ferimentos provocados por objeto contundente, observaram à época peritos do Instituto de Criminalística (IC).
Familiares chegaram a registrar um boletim de ocorrência de desaparecimento horas depois de ela voltar da escola e ir até um mercadinho nas proximidades para comprar refrigerante. Já sobre o cadáver, foi encontrada uma substância identificada posteriormente como cal, que teria sido jogada pelo assassino para ocultar o odor da decomposição.
A identificação do suspeito foi possível através de imagens registradas pela câmera de segurança de um imóvel nas proximidades de onde o corpo foi encontrado. Nelas, é visto um homem parar um Peugeot prata no local, descer e olhar para todos os lados, além de levantar o banco do motorista e aparentar mexer em alto no banco traseiro.
Queiroz chegou a ser ouvido informalmente, por telefone, pouco tempo depois do crime. Negou-se a comparecer à delegacia e nunca mais foi visto. O Peugeot, no entanto, foi localizado e passou por perícia, sendo descoberta substância em seu interior semelhante à encontrada sob o corpo de menina, além de sinais de limpeza.
Análise necroscópica do corpo de Lara apontou que ela foi morta com pelo menos quatro golpes que provocaram traumatismo craniano. Não foram encontradas substâncias toxicológicas supostamente para dopar a menina, bem como deu negativo o exame sexológico.
Queiroz é dono de extensa ficha criminal. Nela, estão incluídos delitos como tráfico de drogas, associação criminosa, crimes contra o patrimônio e receptação. Investigações revelaram que ele teria passado o dia 23 de março em São Bernardo do Campo e depois viajado para algum estado do Nordeste, onde tem familiares.
A Polícia Civil local chegou a pedir apoio investigadores da Paraíba e de Pernambuco, estados para onde ele pode ter fugido. No entanto, ele nunca foi encontrado.
Segundo a delegada Ivalda Aleixo, da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), a suspeita é de que parentes o estariam ajudando a se manter escondido. Para identificá-lo, a polícia teria analisado mais de cinco mil imagens.
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