Jairo Xavier Evangelista, um cobrador de ônibus de 51 anos, morador de Valparaíso de Goiás (GO) ,descobriu que, do dia para noite, havia ficado bilionário, ao encontrar pouco mais de R$ 15,5 bilhões na sua conta bancária.
Ciente de que se tratava de um engano, Jairo se dirigiu à agência para alertar e foi aí que seus problemas começaram. Isso porque o banco, após o aviso, bloqueou o cartão do cobrador, para impedir que o dinheiro fosse usado, mas sem avisar o cliente e também o impedindo de usar o próprio dinheiro que tinha guardado.
O caso ocorreu em abril de 2019 e Jairo disse que ligou para uma agência, mas foi informado que deveria se dirigir a uma agência. Quando foi abastecer o carro para ir até o banco em Taguatinga, a cerca de 40 quilômetros de onde mora, o cartão já estava bloqueado.
"É até difícil de acreditar. Tive tanta dor de cabeça com esse problema. Fiquei sem trabalhar alguns dias, pois não consegui usar o cartão para sacar o dinheiro que tinha lá. Depois, precisei pegar dinheiro emprestado para ir até a agência e resolver tudo. Não consegui folga no emprego e tive que pagar a alguém para trabalhar para mim. Tudo isso porque não me avisaram que o cartão seria bloqueado. Acabei sendo prejudicado por um erro que não foi meu. Mas, para a Justiça, não foi nada de mais", lamentou o cobrador, em entrevista ao R7, após contar que venceu uma ação na Justiça em que pedia reparação, que condenou o banco a indenizá-lo em mil reais.
Jairo entrou com a ação em 2020, pedindo reparação no valor de R$ 10 mil. A decisão saiu no último dia 17 de agosto, com o juiz estipulando o valor de R$ 1 mil, por considerar que "o autor não juntou qualquer elemento de prova das suas alegações", ainda que seja "justo, razoável e proporcional ao dano apurado nos autos" os problemas de atendimento do banco.
Jairo comentou que ficou com a sensação de impunidade, mas não se arrepende de ter devolvido o dinheiro, que não era dela. "Se o banco colocasse de novo, eu ligaria lá de novo para avisar do erro e devolveria o dinheiro. Tonos nós temos que ser honestos. Tenho meu salário e meu trabalho, e é isso que importa. Vida que segue".
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