Uma padaria na zona sul de São Paulo mudou o nome de um de seus doces de “bolo nega maluca” para “bolo afrodescendente”. No Instagram, a Aveiro explicou que a mudança ocorreu após receber um ofício.
Segundo o endereço, em agosto do ano passado, foi enviado um documento recomendando cuidado ao usar certos nomes em receitas. O texto leva a assinatura do Sindicato dos Industriais de Panificação e Confeitaria de São Paulo, da Associação dos Industriais e do Instituto de Desenvolvimento de Panificação e Confeitaria.
As entidades citam títulos tradicionais que já não seriam mais tolerados, como “teta de nega”, “nega maluca”, “língua de sogra”, “maria mole”, entre outros. Analisam ainda que o “que era visto até com simpatia, hoje não é mais aceito e pode levar a constrangimentos e acusações de crime racial, machismo, preconceito, etc.”.
A partir dessa recomendação, a padaria trocou o nome do doce para “bolo afrodescendente” e publicou uma mensagem dizendo que “está sempre em constante evolução para se adequar às mudanças, sendo assim um lugar democrático, onde não há espaço para racismo”.
Nesta quarta- feira (16/3), o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez um post nas redes sociais com a foto do bolo que viralizou, ironizando o assunto. “Querem criminalizar bolos. Isso precisa acabar”, escreveu. “Temos uma relação de afeto com esses doces. Fazem parte das nossas vidas. Basta de tanto mimimi. Ninguém aguenta mais.”
0 Comentários