A Justiça decidiu que vai a júri o casal preso suspeito de matar carbonizada a trans Vick Santos, de 22 anos, em Itu (SP), em 2020. Após o crime, os dois passaram a noite em um motel de Sorocaba (SP). Os réus são um pai de santo e dona de uma pensão para trans e travestis.
A decisão do juiz Emerson Tadeu Pires de Camargo detalhou que os dois devem ser julgados por homicídio com motivo torpe, fútil, embosca e ocultação de cadáver.
Interrogado em juízo, o réu Douglas informou que Natasha teria recebido ameaças pelo celular de um número desconhecido. Em seguida, ele foi até a chácara, onde se deparou com a vítima, que teria o atacado.
Alegou que para se defender segurou a vítima até que ela desmaiasse, sem saber que, na verdade, estava morta. Na sequência, o réu foi até a pousada da esposa e retornou com ela à chácara. Os dois transportaram o corpo no porta-malas, o colocaram no mato, jogaram gasolina e atearam fogo.
Natasha Oliveira negou que ocorresse prostituição em seu pensionato e que cobrava a diária de R$ 60 de cada pensionista.
À polícia, durante a reconstituição, o homem deu detalhes sobre o assassinato da vítima. Os dois ficaram no motel por cerca de 8 horas e consumiram bebida alcoólica, café e cigarro.
Na época, o crime ocorreu de madrugada, em uma estrada de terra sem movimento de carros. Enquanto os dois estavam hospedados, o corpo da vítima foi encontrado na estrada, sem documentos, carbonizado e com marcas de enforcamento.
(Texto G1)
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