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Lutadoras do Brasil que mudam história do UFC e MMA



As lutadoras do Brasil cedo começaram se destacando no UFC, a mais famosa liga das artes marciais mistas (MMA). Nomes como Amanda Nunes e Jéssica Andrade “Bate-Estaca” tem mudado o jeito como o mundo do esporte olha para o MMA feminino. Vai fazer uma década, em 3 de fevereiro de 2023, que Ronda Rousey e Liz Carmouche mostraram que as mulheres também têm lugar no octógono. Nesse mesmo ano de 2013, Jéssica Andrade se tornou a primeira brasileira a lutar no UFC. Por suas excelentes atuações, ela ganhou o apelido de Jéssica Bate-Estaca.
Nessa década que passou, as lutadoras brasileiras têm mostrado estar na elite do MMA, conquistando cinturões e marcando presença nos melhores lugares dos rankings de peso no UFC feminino. O UFC e o MMA têm conquistado os amantes do esporte no Brasil e as mulheres têm seu peso nesse crescimento da popularidade dessa modalidade. No ano de 2021, uma em cada 5 combates teve mulheres no octógono. Outro exemplo desse aumento da importância do MMA feminino é a presença de cada vez mais combates envolvendo mulheres nos mercados de apostas esportivas. E são também cada vez mais as lutadoras brasileiras nas equipes de embaixadores de casas de apostas online.



Há outros registros, oficializados pelo UFC no início de 2022, que destacam a importância das lutadoras brasileiras nessa liga de MMA. Desde 2019, em todos os eventos liderados por uma luta feminina esteve pelo menos uma lutadora brasileira na disputa.
E há vários recordes que orgulham as mulheres do Brasil. Amanda Nunes, a Leoa, foi a primeira de todo o quadro do UFC, incluindo homens, a defender 2 cinturões em simultâneo. E ela já tinha sido a primeira mulher a conquistar cinturões em 2 pesos diferentes.
Desde 2013 e até 2022, quase 200 mulheres mostraram seu poder em um octógono do UFC. Vale a pena destacar algumas lutadoras brasileiras que mais tem contribuído para a história dessa liga e de todo o MMA.

Amanda Nunes



Temos naturalmente que começar por Amanda Nunes, uma das pioneiras do MMA feminino. Em 2008, a Leoa já competia no Prime Championship 2, onde se destacou com uma série de 5 vitórias seguidas por nocaute. Amanda Nunes passou pelo Strikeforce, onde estreou em 2011 nocauteando a canadense Julia Budd em apenas 14 segundos, e pelo Invicta Fighting Championships até chegar ao Ultimate Fighting Championship (UFC), em 2013. Nesse ano, após derrotar Sheila Gaff, a Leoa se tornou a primeira brasileira a vencer um combate no UFC. 3 anos mais tarde, finalizou Miesha Tate com um mata-leão ainda no primeiro round, pelo peso-galo, e conquistou o primeiro cinturão no UFC feminino com a bandeira do Brasil.
Amanda Nunes continuou fazendo história no MMA quando, em 2018, venceu o combate pelo cinturão de peso-pena, tornando-se na primeira pessoa de todo o UFC (homens incluídos) a ter 2 cinturões em simultâneo. E conseguiu esse feito após vencer no primeiro round Cris Cyborg, ex-campeã de peso-pena que estava sem perder há 13 anos e 1 mês.
Muitas mulheres estão fazendo história no UFC e certamente que Amanda Nunes, a Leoa, é já uma das lendas do MMA.


Jéssica Andrade


Jéssica Andrade é outra lutadora brasileira que já reservou seu lugar na história do UFC feminino, onde compete desde 2013. Aliás, ela foi a primeira lutadora brasileira a chegar na principal liga do MMA, onde ganhou fama com seu apelido que já vinha de uma competição de jiu-jitsu: Bate-Estaca. Jéssica Andrade começou no MMA em 2011, ganhando 8 de seus 10 combates aqui no Brasil. Porém, ela perdeu em sua estreia no UFC, em 2013, com Liz Carmouche vencendo por nocaute técnico. Jéssica Bate-Estaca entrou na categoria peso-palha em 2016, conquistando o cinturão 3 anos depois, derrotando Rose Namajunas a 58 segundos do fim do segundo round. Essa lutadora brasileira detém o recorde de bônus de “Luta da Noite”, com 4, e é também quem mais ganhou na história das lutas femininas do UFC, com 12 vitórias.

Cristiane Justino


Se lembra que Amanda Nunes chegou ao recorde de defender 2 cinturões em simultâneo ao vencer Cris Cyborg? Pois Cris Cyborg é o nome de guerra de outra lutadora brasileira, Cristiane Justino. Nascida em Curitiba, Cris Cyborg chegou ao UFC em 2016, como campeã do peso pena em outra liga de MMA. Ela venceu Leslie Smith por nocaute técnico na estreia e no ano seguinte teve seu primeiro combate pelo título. Em julho de 2017, Cristiane Justino derrotou Tonya Evinger por nocaute técnico e ergueu o cinturão do peso pena. Cris Cyborg defendeu o título de campeã com sucesso por 2 vezes, vindo a perder no terceiro combate pelo cinturão, contra Amanda Nunes.
Em 2020, Cris Cyborg se mudou para o Bellator, onde é campeã de peso-pena desde a estreia. E já fez 3 defesas do título com sucesso, continuando a marcar a história do MMA feminino.

Mackenzie Dern



Podem dizer que Mackenzie Dern nasceu em Arizona, nos Estados Unidos, mas ela tem as 2 nacionalidades e se assume como mais brasileira do que estadunidense. E é filha de Wellington “Megaton” Dias, uma lenda dp jiu-jítsu. Um percurso imaculado em ligas menos divulgadas valeu a Mackenzie Dern a chamada ao UFC, em 2018. E começou ganhando a Ashley Yoder, por decisão dividida. Em 8 combates no UFC, Mackenzie Dern só perdeu 2. Um foi para Amanda Ribas, em outubro de 2019, e outro para Marina Rodriguez, na luta da noite, em outubro de 2021. A brasileira Mackenzie Dern só perde no UFC para outras brasileiras.

Taila Santos



Outra lutadora brasileira a merecer destaque nessa lista é Taila Santos, pelo seu impressionante cartel no UFC: são 20 combates e somente 1 derrota.
Uma derrota que aconteceu por decisão dividida. Em fevereiro de 2019, os juízes não se entenderam e acabaram atribuindo a vitória a Mara Romero Borella.
Até esse combate, Taila Santos tinha entrado 15 vezes no octógono e em todas elas saiu como vencedora.
Um registo imaculado que prossegue após essa noite de fevereiro de 2019, com Taila Santos vencendo as 5 lutas em que participou desde então.

Lutadoras brasileiras fundamentais para o sucesso do UFC



Ficamos com esses nomes, mas bem que essa lista podia ser mais longa, pois várias lutadoras brasileiras tem brilhado no octógono do UFC.
No MMA não há quem não conheça o valor de nossas guerreiras, sempre presentes na hora de disputar o cinturão ou alcançar outros feitos históricos.
O quadro feminino ganha cada vez mais peso no UFC, uma liga que vem perdendo sua fama de esporte só para homens. Várias mulheres, muitas delas brasileiras, continuam provando seu valor no octógono e justificam seus destaques no MMA.


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