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Caso Lara: polícia pede prisão de suspeito de envolvimento no assassinato da adolescente

A Polícia Civil pediu nesta sexta-feira (25) a prisão temporária do principal suspeito de envolvimento no assassinato da adolescente Lara Maria Oliveira Nascimento, de 12 anos, que foi achada morta no dia 19 de março, em Campo Limpo Paulista (SP).

De acordo com o delegado Rafael Diório, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí (SP), as informações a respeito do suspeito, que aparece em imagens de câmera de segurança dirigindo um carro prata próximo ao local onde a menina foi vista pela última vez (assista abaixo), foram cruzadas através do sistema de inteligência da polícia.

Veja o que se sabe e o que falta esclarecer sobre o caso

As imagens mostram o momento em que o carro para perto do local, no mesmo dia e próximo ao horário em que a menina desapareceu. Em determinado momento, o motorista sai do veículo e olha ao redor, depois entra novamente no carro e segue o caminho.

Lara desapareceu no dia 16 deste mês, quando saiu de casa para comprar um refrigerante em uma mercearia a cerca de 600 metros de sua casa. O corpo dela foi encontrado com marcas de violência e coberto por uma substância ainda não identificada, no dia 19.

Segundo o delegado, existem várias possibilidades de investigação: se ela já chegou com o material no corpo ou se ele foi jogado para confundir o odor ou até a localização, por exemplo. A polícia solicitou uma análise para verificar qual seria essa substância. Uma perícia nas unhas da adolescente também deve apontar vestígios de DNA do assassino.


Depoimentos

No dia 21 de março, a polícia começou a ouvir familiares de Lara. O pai da menina, Reginaldo de Oliveira, esteve na delegacia acompanhado por um advogado. Ele contou que o celular da filha era monitorado e não tinha redes sociais. Além disso, reforçou que a família não tinha nenhum tipo de desavença com ninguém.

"Que a gente sabe, ninguém falou de nós. Eu sou super de boa, minha mulher também, minha família é bem estruturada. É do serviço para casa, não fica na casa de ninguém. Então, não teria porque alguém ter maldade conosco", disse o pai.


'Crueldade tão grande'


Durante o enterro, no dia 20 de março, a avó da adolescente lamentou o assassinato. Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou que ela morreu de traumatismo craniano.

"Uma crueldade tão grande que eu não gosto de parar para pensar no que minha neta passou. Vou chorar muito. Vou sentir muito, porque ela era muito presente", disse Maria Luiza Oliveira.

O corpo da adolescente foi enterrado no Cemitério Bosque da Saudade, em Campo Limpo Paulista. O caixão foi lacrado e a despedida durou cerca de 1h30.



Desaparecimento e morte

Lara sumiu por volta das 13h do dia 16 de março, no Parque Santana. Uma prima da jovem contou à TV TEM que ela chegou em casa da escola na hora do almoço. Logo em seguida, saiu rumo a uma mercearia para comprar refrigerante.

Uma funcionária do estabelecimento afirmou que a menina realmente esteve no local, que fica a cerca de 600 metros da casa dela.

No dia 18, a mãe da adolescente contou que não conseguia dormir e que ficava à espera de notícias da filha.

Conforme apurado pela TV TEM, a família chegou a fazer buscas em bairros de Campo Limpo Paulista e de Francisco Morato (SP)

De acordo com o delegado, o corpo foi encontrado com marcas de violência, no dia 19, por um jardineiro, em um terreno próximo ao local onde ela desapareceu, em Francisco Morato . Conforme o delegado, a área de mata fica a, aproximadamente, cinco quilômetros da casa de Lara.

A tia da adolescente, Renata de Oliveira Nascimento, contou que a família foi avisada por telefone quando voltava para casa após receber uma informação de que Lara teria sido vista.

"Nós vimos uma imagem de câmera de segurança, mas era de uma menina parecida, não era ela. Quando estávamos voltando, recebemos uma ligação. É muita dor, muita mesmo. Meu irmão está arrasado, porque ele é o pai. Eu vi essa menina nascer, crescer. Fizeram maldade com ela", desabafa.

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