A brasileira Paula Pereira, de 36 anos, que mora em Odessa, cidade no sul da Ucrânia, com o marido ucraniano relata que assaltantes estão fazendo alarmes falsos para que moradores deixem as casas. As tentativas de crimes ocorrem em meio ao avanço do exército russo no país.
A jornalista, de Jundiaí (SP), disse ao g1 que não pretende sair do país e está no apartamento com o marido, que trabalha em casa para uma empresa em Hong Kong. A mulher decidiu ficar na Ucrânia e ao lado do companheiro enquanto ocorre o conflito.
Nesta quarta-feira (2), os dois separaram mantimentos e se preparam para irem a um abrigo depois que um homem gritou que estariam prestes a serem bombardeados.
"Estamos no corredor do apartamento, porque um homem gritou para todos buscarem abrigo, mas não tinha nada de alarme. Tem gente fazendo isso para os moradores abrirem os apartamentos para assaltos. Há relatos de conhecidos e em grupos de aplicativos também", explica.
A guerra na Ucrânia teve início na madrugada de 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia invadiu o país por várias pontos, entre eles, pelo mar em Odessa. A brasileira mora em um prédio com a sacada que dá vista para o Mar Negro e para parte da cidade.
O Serviço de Emergência da Ucrânia afirmou que até agora 2.000 civis morreram no país em ataques da Rússia, que invadiu o território ucraniano. O número não foi averiguado por nenhum órgão.
Na terça-feira, a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, Liz Throssell, informou que 136 pessoas morreram durante os combates na Guerra na Ucrânia desde a última quinta-feira (24).
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