Na reta final da gravidez, Caroline vence a COVID-19

Na reta final da gravidez, Caroline Godoy foi diagnosticada com COVID-19. Apesar de seguir os protocolos sanitários, o que começou com uma simples dor de garganta se transformou em dias de insegurança. “Como a imunidade de gestante fica bem debilitada, no início pensei que era apenas uma infecção de garganta, que começou na quinta-feira. No dia seguinte eu acordei melhor, mas vieram a coriza e a tosse. Mesmo assim, continuei achando normal. Foi no final de semana que eu apresentei febre, calafrios e dor no corpo”, diz a gestante.

Caroline não estava preocupada com os sintomas, mas resolveu comunicar a empresa em que trabalha que ficaria em casa. “Antes de eu avisar, eles me falaram que algumas pessoas lá tinham testado positivo para COVID. Foi quando me acendeu um alerta, fiz o teste e deu positivo”, explica.

A gestante conta que o período foi tranquilo, mas a insegurança era de que os sintomas piorassem. “A gente fica inseguro por não saber como vai ser. Também fiquei preocupada com o meu esposo, que tem problemas respiratórios e começou a apresentar sintomas depois de alguns dias. O que me deixou mais tranquila foi que eu já estava vacinada com as duas doses e ele com uma dose. Acredito que a vacina ajudou a conter o quadro”, afirma.

Com sintomas leves, a recuperação caminhou bem. Em casa, Caroline aguarda a chegada da filha Maria Luiza. Além da preocupação com o marido, as incertezas foram muitas, por se tratar de uma doença desconhecida e ser a primeira gestação da paciente.

A gestante considera que a parte mais afetada é o psicológico. “Parece que depois de receber o diagnóstico da COVID-19, você nunca sabe se os sintomas estão mesmo mais fortes e se você realmente está sentindo isso, ou se é psicológico. O que eu fiquei realmente preocupada foi por conta da gestação”, diz.

A mãe só ficou mais calma depois de ir ao hospital, seguindo os protocolos de segurança. “Passei na maternidade, o médico fez exames e disse que estava tudo certo com o bebê, o que me tranquilizou”, conta.

Como Maria Luiza corre o risco de chegar antes do tempo, Caroline está afastada do trabalho por enquanto. O olfato e o paladar estão voltando aos poucos, mas todos estão bem.

Segundo Caroline, toda grávida quer ter uma gestação tranquila, trabalhar até o final da gravidez e continuar muito ativa. “Tudo isso me fez colocar na balança, e assim a gente pensa o que é realmente importante. Apesar de trabalhar ser necessário, eu optei por me afastar do escritório para desacelerar, pensando na minha saúde e na saúde da minha filha, porque é o que temos de mais valioso”, explica.

A batalha contra a COVID-19 virou história para contar. “Eu brincava, falava com a barriga e dizia para a minha filha que eu e ela temos muita história para contar, porque eu tive COVID e venci a doença justamente durante a gestação”, diz.

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