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Jundiaiense que lutou ao lado de separatistas pró-Rússia contra a Ucrânia está preso em SP condenado por tráfico de drogas


Com a ofensiva russa contra a Ucrânia, os noticiários amanheceram tomados por este tema. Mas o que a Região Metropolitana de Jundiaí tem com isso? O mais velho de quatro irmãos, o jundiaiense Rafael Marques Lusvarghi, de 37 anos, de família de origem húngara e de classe média, lutou há sete anos lutou como voluntário ao lado das tropas separatistas no confronto armado contra o exército da Ucrânia.


Com histórico de ser fã dos Vikings, de ter ingressado nas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e de adepto da tática black bloc, o jundiaiense está preso desde maio de 2021, sendo condenado pela justiça a pena de 8 anos, 1 mês e 6 dias de prisão em regime fechado pelos crimes de tráfico de drogas e posse ilegal de munições de arma de fogo em Presidente Prudente, interior do estado.


A Polícia Militar (PM) acusou Rafael de esconder 33 tabletes de maconha, pesando 25 quilos no total, e 350 munições de calibre 9 mm na casa onde morava. Em sua defesa, ele negou que estivesse traficando drogas ou que fosse dono das munições. Alegou, porém, que estava guardando o entorpecente e a munição no seu imóvel para outras pessoas desconhecidas. E que receberia R$ 3 mil por mês por isso. Uma balança para pesar a droga, uma moto e dinheiro (R$ 259,70 e 3,10 euros) foram apreendidos no local.



A Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou ao G1, por meio de sua assessoria de imprensa, que Rafael cumpre pena na Penitenciária Compacta de Tupi Paulista.


Rafael começou a ser chamado pela imprensa brasileira e internacional de 'guerrilheiro brasileiro' por ter se alistado e lutado na Ucrânia em meados de 2014 e 2015, quando se juntou a militares rebeldes pela independência das províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk.


Na última segunda-feira (21), o presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu oficialmente a independência das duas regiões controladas pelos separatistas. A Rússia apoia as tropas que lutam para tornar as províncias dois países independentes. Além disso, é contra a inclusão da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) por entender que isso afetaria sua soberania.


As declarações recentes de Putin têm acirrado a tensão entre russos, ucranianos e países aliados. O político autorizou, por exemplo, que soldados da Rússia atravessassem a fronteira com a Ucrânia em direção a Donetsk e Luhansk. O que ocorreu na madrugada desta quinta-feira (24), dando início ao conflito: ucranianos reagiram a invasão russa.


Em entrevista ao g1 em agosto de 2014, Rafael se definiu como “combatente”, “stalinista” e de “esquerda”. "Sou um combatente", havia dito o brasileiro à época, antes de viajar para a Ucrânia. "Sou favorável aos rebeldes, que eles se separem e decidam o próprio destino deles."



(Fonte G1)

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