Jogador de futebol morreu em SP após ouvir áudio que falava mal da mãe: 'estava me defendendo'
Xavier infartou aos 20 anos após ouvir um áudio no WhatsApp em que uma pessoa, ainda não identificada, "falava mal" da mãe do atleta. Segundo a família do jovem, que tinha um problema no coração que até então desconhecia, o conteúdo da mensagem o deixou muito nervoso. Com informações do portal G1.
A mãe do jogador, a assessora parlamentar de 43 anos Tatiane dos Santos Silva Xavier, disse ao g1 que se lembrará do filho como uma pessoa quieta dentro de casa. "Mas, com os amigos, ele era totalmente diferente. Era bem bagunceiro mesmo. Era uma pessoa muito querida na vizinhança, entre os amigos", relata.
"Ele era uma pessoa muito apegada a mim, por tudo que eu passei durante a gravidez dele. E por várias dificuldades que a gente teve, para eu poder levar ele para jogar bola. Então, ele escutou uma pessoa falando de mim, e aí ele ficou nervoso 'no coração'. A qualquer momento isso poderia acontecer. Ele não gostava que ninguém falasse de mim, nem minha filha, nem meu marido, nem ninguém. E aí, ele ficou nervoso", lembra a mãe.
Ainda segundo a mãe, não houve discussão. "A pessoa questionou, falou de mim. Falou que a minha opinião talvez não fosse a certa. Aí, ele escutou e ficou nervoso", conta. Orgulhosa do filho, Tatiane lembra que Dérek era um jovem que "tiraria a roupa do corpo para dar para uma pessoa que precisasse. Não se importava se era roupa nova. Já deu até chuteira para os colegas", lembra.
"Ele era muito apegado a mim. Tínhamos uma ligação muito forte. Desde a gravidez, que foi de risco. Quase morri no parto. Ele escutou uma pessoa falando de mim no WhatsApp e ficou nervoso. Ele dizia que eu era a pessoa mais importante para ele. Ele morreu me defendendo, da mesma maneira que eu faria por ele", desabafa Tatiane.
"Os atletas precisam fazer exames sempre, mesmo que não sintam nada. O Dérek não sentia, não tinha nada. Mas, insistam com o médico, mesmo que ele fale que não precisa. Não quero desejar isso que estou sentido para nenhuma mãe. É muito difícil perder um menino de 20 anos, cheio de sonhos, por um problema que poderia ter sido descoberto", finaliza.
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