Esmagada por uma placa de concreto que compõe o muro do metrô do Recife, a menina Kemilly Kethelyn Lino da Silva, de 8 anos, continua internada em estado grave no Hospital da Restauração (HR). Em entrevista ao portal de noticias G1, a mãe dela, a dona de casa Caroline Pereira da Silva, a garota, que está intubada, conseguiu abrir um dos olhos e apertou a mão dela.
Kemilly está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do hospital. A menina respira com a ajuda de aparelho e está sedada, mas não em coma, explicou a unidade. Embora seja grave, o quadro de saúde é considerado estável pela equipe médica.
O acidente aconteceu no sábado (16), durante uma festa promovida pela ONG Mão Amiga, para celebrar o Dia das Crianças. A família de Kemilly mora na comunidade do Papelão, no bairro do Coque, área central do Recife. A região é considerada uma das mais pobres da cidade.
Nesta terça-feira (19), a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), responsável pelo sistema de metrô do Recife, marcou uma reunião com o pai de Kemilly, o gari Francisco Lino, para falar sobre o acidente. Também participam do encontro representantes da comunidade do Papelão e uma advogada que representa a família da vítima.
Na segunda, a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) entrou com uma notícia-crime contra a CBTU e pediu que a Secretaria de Defesa Social (SDS) apure "com agilidade máxima" a queda da placa de concreto.
O governo também acionou o Ministério Público de Pernambuco para que o órgão acompanhe a apuração do caso. O governo solicitou que os responsáveis sejam processados criminalmente, "tendo em vista a natureza do fato, uma lesão corporal gravíssima".
No mesmo dia, o pai de Kemilly depôs à Polícia Civil na Delegacia do Rio Branco, no Centro da cidade. A garota tem dois irmãos, sendo um garoto mais velho e uma menina mais nova.
(fonte/G1)
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