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Entenda a importância do absorvente gratuito

 





Um dos assuntos mais comentados da última semana, o veto a distribuição gratuita de absorventes para mulheres em situação de rua ou vulnerabilidade extrema, mesmo que o tema seja considerado questão de saúde pública desde o ano de 2014 pela Organização das Nações Unidas (ONU). As consequências da pobreza menstrual vão desde a evasão escolar até a problemas de saúde que podem levar à morte.


De acordo com um levantamento encomendado por uma marca de absorventes, 28% das alunas brasileiras já perderam aula por não terem o produto para usar. Os números são mais agravantes se levarmos em conta o levantamento “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, publicado em maio de 2021 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), no Brasil 4 milhões de meninas não têm acesso a absorventes nas escolas.,900 mil meninas não têm acesso à água canalizada em suas casas e 713 mil meninas vivem sem banheiro ou chuveiro em casa. 


Em entrevista ao programa Fantástico, da Rede Globo, ginecologista e obstetra Larissa Cassiano relatou casos de pobreza menstrual: “Já recebi mulheres que colocaram algodão, miolo de pão, coisas que acabam soltando fibras ou pedaços. Aquilo pode causar uma infecção e esse impacto pode não ser momentâneo, ele pode ser duradouro e pode afetar a fertilidade dessa pessoa.”. 



Média do preço




Geralmente,  dos 13 até os 50 anos, as mulheres precisam lidar com os absorventes. Quando calculado o uso do absorvente mais comum, o descartável, é utilizado cerca de 20 unidades do item por ciclo e o custo pode chegar a R$ 12 por mês. 


Os números são ainda mais alarmantes quando analisados a longo prazo. Com cerca de 450 ciclos menstruais durante toda a vida, estima-se que sejam utilizados 10.000 absorventes durante a idade fértil de uma pessoa com útero, logo, os gastos terminam em R$ 6.000,00.


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