Uma polêmica ocorrida em São Miguel do Gostoso, município no Rio Grande do Norte, chamou a atenção nas redes sociais e abriu uma discussão sobre privacidade e limites. Tudo porque um homem chamou a polícia após invadir uma casa vizinha para denunciar que mulheres estavam "produzindo material pornográfico" - elas estavam fazendo topless na piscina (quando a mulher fica sem a parte de cima do biquíni).
A produtora audiovisual Marana Torrezani, de 35 anos, era uma das quadro mulheres que estavam na residência (que pertence a um casal amigo dela) quando o homem invadiu o local transtornado, acusando-as de estar fazendo filme pornográfico. Conforme contou ao UOL, elas conseguiram fazer com que o invasor fosse embora, mas, duas horas depois, três policiais civis invadiram a casa.
"Ouvimos um barulho no portão e achamos que era o vizinho de novo, mas era a polícia. Eles arrombaram o portão. Estavam com muita raiva, não conseguiam conversar direito. Falaram que nós tínhamos cometido crime de importunação sexual e que estávamos presas em flagrante", relata.
Marana contou que os agentes chegaram a invadir um banheiro onde uma das mulheres estava e que só foram embora após muita discussão, com a condição de que todas permanecessem com a parte de cima do biquíni e que o vizinho continuaria vigiando. No caso de nova denúncia, elas seriam levadas para a delegacia.
Crime - A produtora acusa o vizinho (que foi identificado) de ter gravado vídeos não autorizados das mulheres se bronzeando e enviado a grupos de WhatsApp.
"Anos 60, Leila Diniz fazia topless NA PRAIA DE IPANEMA. Não dá pra acreditar no que o Brasil se transformou. Eu estava dentro de casa e alguém ameaçou me matar literalmente por tomar sol", indignou-se a produtora, em sua rede social.
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