Nesta quarta-feira (29) o Diesel ficou vinte e cinco centavos mais caro por litro. O aumentou levantou possibilidade de uma nova paralisação da categoria em todo o Brasil
No entanto, o protesto depende de um entendimento entre representantes da categoria em todo do país, segundo o caminhoneiro Valdir Ferreira, presidente da Cooperativa do Caminhoneiro Urbano do Rio Grande do Norte.
“Não faço isso agora [manifestação] de improviso porque a gente precisa dialogar com o pessoal do Sul, não é o Rio Grande do Norte que vai resolver o problema do Brasil sozinho. A gente vai conversar com outros caminhoneiros, com outros representantes para saber como proceder porque do jeito que está não tem como. Não tem condições, já tava difícil, agora vai ficar muito pior. Dificulta muito nosso trabalho, o caminhoneiro não é ajudado. Isso tudo vai ser repassado para o consumidor final porque vai aumentar tudo na Ceasa [Central de Abastecimento], no supermercado”, comenta.
O presidente Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), Gladstone Lobato, reforça que o preço não fica só nesse reajuste inicial, já que a alteração é feita para as distribuidoras e toda a cadeia também precisa se adequar.
"Para nós chega com outro preço. A Petrobras aumenta para as distribuidoras e no dia seguinte vemos o valor real que ficou, dependendo da região. A recomendação que damos para os empresários é repassar, não temos outra saída. Não somos nós que colocamos o preço para poder negociar um aumento menor", disse Gladstone.
Em nota, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais (Minaspetro), lamentou os sucessivos aumentos no preço do óleo diesel e afirmou que "o elevado preço dos combustíveis no Brasil é nocivo também para o empresário varejista, que necessita de maior capital de giro para compor o estoque, além de claramente registrar forte redução das vendas na pista", diz o texto.
O sindicato também chamou atenção para a tributação dos combustíveis. "A solução para um preço mais adequado dos combustíveis passa por uma tributação mais justa, uma vez que aproximadamente 50% do preço final dos combustíveis é composto por impostos. Por isso, uma reforma tributária seria a solução mais adequada e sustentável para um preço mais ajustado dos combustíveis".
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