Pesquisar

Um divino motorista nas ruas e avenidas de Jundiaí

O motorista Divino cumprimenta o estudante Thiago no interior do ônibus

Divino recebe, no ponto, o estudante Matheus: “A forma como a gente é tratado sem dúvida torna a viagem melhor”

Bastam alguns minutos a bordo do ônibus guiado por Divino, motorista do transporte público municipal de Jundiaí, para notar sua boa relação com os passageiros. “Olá Divino, bom te ver de novo!”, diz uma passageira, antes de cruzar a roleta. Conhecido por sua educação e carisma, também por se emocionar fácil, ele agradece o elogio.

Ser motorista de ônibus, lembra ele, é encontrar inúmeros rostos diferentes todos os dias – gente que retorna do trabalho, gente que vai para o trabalho, alguns felizes, outros em seus piores momentos. “Quando alguém mostra mau humor ou diz coisas que não queremos ouvir, eu devolvo com educação e gentileza.”

Divino Luiz Lindolfo tem 48 anos e dirige desde os 18. Pai de um filho de 13 anos, o Breno, e morador do Champirra, ele tem orgulho da camisa amarela que veste. “Cada dia é diferente, é como se fosse o primeiro dia de trabalho, bate sempre uma emoção antes de subir essas escadas do ônibus.” O motorista assume o volante ainda de madrugada. Chega na empresa às 3h25. Há sete anos na Viação Jundiaiense, uma das empresas que fazem o transporte público municipal, ele já passou por quase todas as linhas da cidade e é a prova viva de que a humanização está presente no transporte público de Jundiaí. Conhece cada trecho, cada curva e, claro, muitos dos rostos que tomam seu coletivo todo dia – pessoas que chama pelo nome e, ao longo dos anos, que viraram amigas.

“A educação dele faz a diferença e seria muito bom que todos fossem assim”, elogia a usuária Sumaia Martins, moradora do Jardim do Lago, uma das regiões na qual Divino mais gosta de trabalhar. Para o estudante Matheus Picolutto, de 19 anos, esse bom tratamento também é visto como diferencial. “A forma como a gente é tratado, com toda essa educação, sem dúvida torna a viagem melhor.”

Alguns mimos são comuns durante esses trajetos. “Hoje mesmo ganhei pão de queijo”, conta. “As pessoas sempre me dão algumas coisas, eu adoro esse carinho todo.” Essas relações de carinho e amizade não atrapalham o cumprimento de suas funções. “Aqui não tem número, tem seres humanos”, observa o condutor. “Transportamos pessoas, o bem mais valioso, e isso torna nossa responsabilidade grande demais.”

Fonte: Prefeitura de Jundiaí

Postar um comentário

0 Comentários