Pesquisar

"Não sou garoto de programa", desabafa jundiaiense que trabalha como diarista

Gautyelle Costa Machado, um rapaz de 31 anos que passou a trabalhar como diarista depois que perdeu o emprego em um mercado durante a pandemia, em Jundiaí, contou em uma entrevista ao portal G1 que são comuns surgirem casos de assédio e propostas indecentes, situações que o deixam bastante chateado.

"Não estava nos meus planos ser diarista, a gente não imagina. O que mais me motiva é a minha filha. Passo algumas situações porque penso nela, ela precisa de mim. É um trabalho como qualquer outro trabalho, é muito digno", disse ele na entrevista, contando que depois que se viu desempregado, passou a exercer a nova função, além de também fazer pães caseiros para venda.

"Eu preciso pagar pensão e me deu um desespero. Então, surgiu a ideia de eu ser diarista. Eu gosto de limpar a casa e comecei a divulgar na internet, fiz uma arte bem legal com uma foto minha, uma descrição. Daí eu já recebi bastante críticas por causa da foto e depois começaram os assédios", explicou.  

Assédio e propostas

Guatyelle disse que os convites que surgiram vieram tanto de mulheres quanto de homens, com algumas propostas bastante constrangedoras, o que o obrigou a explicar que não era o tipo de serviço que ele oferecia. Depois que divulgou seu número de contato, o rapaz também começou a receber vídeos íntimos sem consentimento.

"Fui trabalhar na casa de um homem e ele me mandou mensagem dizendo que queria algo a mais. Eu fiquei muito sem graça, fiquei sem reação. Isso me deixou muito triste porque uma coisa é você sofrer assédio pela internet e outra era pessoalmente. Aquilo me abalou muito". 

Apesar das dificuldades, ele relata que tem conseguido se manter. "Graças a Deus tenho uma renda com o meu trabalho, tem lugares que eu trabalho toda semana. As pessoas falam que vão fazer um 'teste' e acabam gostando do meu serviço". 

Postar um comentário

0 Comentários