Dificuldade da mãe Andrea Fazan sensibilizou Grazielle Carneiro, que entrou em contato com loja da Coopercica; supermercado disponibilizou o carrinho adaptado já usado por Vítor, 6 anos.
A professora Grazielle Carneiro, do Cemeb (Centro Municipal de Educação Básica) Padre Wilfrido Wieneke, Residencial Aimoré, em Várzea Paulista, fez parte de uma grande conquista para a família do aluno Vítor Fazan Santos, 6 anos. O menino tem paralisia cerebral, o que sempre dificultou muito que fosse ao supermercado com a mamãe, Andrea. No último dia 16 de julho, após a servidora ajudar, a mãe conseguiu usar o carrinho de supermercado adaptado pela primeira vez, na Coopercica do Jardim Promeca.
A docente ficou sabendo dessa necessidade graças a um post de Andrea, mês passado. A partir daí, após um comentário sobre a provável existência de uma lei, feito por Talita Moreira, funcionária da Prefeitura que é PCD (pessoa com deficiência), Grazielle fez uma pesquisa na Câmara Municipal da cidade e descobriu que realmente a lei existe. De autoria do vereador Dr. Eliseu Notario, a lei, aprovada em 2020, determina que 2% dos carrinhos de supermercados de grande porte, hipermercados e atacadões da cidade sejam adaptados para pessoas com deficiência.
Cliente da Coopercica há muito tempo, Grazielle entrou em contato com a loja de Várzea Paulista e, como esperava, teve retorno muito rápido e a compreensão da necessidade da adaptação. O carrinho chegou à loja em 14 de julho, dois dias antes do primeiro uso, por Vítor. “No segundo semestre trabalharemos a habilidade de conhecer o sistema monetário com os alunos do Ano I. Como falar de mercadinho, dinheiro com o Vítor, sabendo dessa necessidade da família? Vítor precisava ter esse conhecimento prévio sobre o assunto”, explicou a professora.
A mãe pediu à professora que a acompanhasse na primeira vez de Vítor no carrinho adaptado. A Unidade Gestora Municipal de Educação prontamente a liberou e ela participou do momento tão importante para o aluno. “As limitações do aluno são tantas que ajudar a família nesta causa pode ser agora a minha ação de acolhimento mais bem-sucedido. Uma família acolhida me ajudará no processo educacional na escola. Cuidar do aluno como futuro cidadão é minha missão. O amor à profissão transcende a sala de aula. Quero vê-lo incluído na sociedade também”.
Andrea destaca a importância da ajuda da professora. Era difícil frequentar o local com o filho, pois a cadeira de criança presente nos carrinhos ficava pequena para ele e era necessário ir com mais alguém, para empurrar a cadeira de rodas. “Em relação aos próximos carrinhos, a gente já pediu pequenos ajustes de segurança para crianças com a mesma dificuldade do Vítor, mas, de modo geral, foi muito legal. A gente só espera que os outros estabelecimentos também tenham essa disponibilidade porque já foram informados pelo fiscal de Prefeitura e o prazo de 60 a 90 dias já está correndo. Foi muito interessante e muito bom saber que meu filho tem essa possibilidade”, declarou a mãe.
Perspectiva futura
Grazielle ficou muito feliz com o resultado de sua atuação e a ida de Vítor à Coopercica, elogiou bastante a prontidão da loja no atendimento à reclamação e espera que os demais estabelecimentos também disponibilizem os carrinhos adaptados, para que mais famílias tenham dias felizes como os de Andrea e Vítor.
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