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Campanha é sucesso e jundiaiense de cinco anos está na Rússia para tratamento experimental

Via Itupeva Agora Agora/ Luciano Rodrigues Jornalista 

Joana, a Jojô, menininha de apenas cinco anos de idade e que nasceu com uma mutação genética que causa epilepsia, convulsão de difícil controle, autismo e paralisia cerebral, já está na Rússia para um tratamento experimental com células troncos realizado apenas naquele país.

A viagem é resultado do sucesso de uma campanha virtual realizada pelos pais com ajuda de muitos amigos e familiares. Com a colaboração de um grande número de pessoas, incluindo alguns famosos, a campanha atingiu sua meta - o tratamento custa cerca de R$ 150 mil, sem contar os custos com passagens, hospedagem e alimentação.

Em bonito texto para o Cointelegraph, para o qual o pai de Joana, Cássio Gusson, escreve sobre o mercado de criptomoedas, ele agradeceu e destacou a solidariedade que surge nas pessoas em momentos como esse.

"Ver pessoas chorando, ajudando e se mobilizando em torno de uma pequena que elas não conheciam foi foda. Não importava mais se a Joana gostava do azul ou do vermelho. Se ela era sustentada pelo Estado ou pró mercado. Se ela merecia ser rica ou era pobre porque não trabalhava. 

Pouco importou isso.

Pouco importou se ela tava certa ou errada. Se ela dava esmola ou ensinava a trabalhar. Se ela pedia no sinal ou se era empreendedora. Se ela dançava funk ou escutava Anavitória. Se ela gostava de meninos ou meninas ou ambos. 

Nada disso importou, porque nada disso realmente importa quando a gente vê no outro um ser humano.

E isso foi e é foda.

As mentiras que criamos para nos diferenciar dos outros caem por terra quando o espelho reflete o outro", diz um trecho do texto.

A viagem foi no último sábado (29) e Joana já está com os pais na Rússia, pronta para iniciar o tratamento, que, a princípio, levará cerca de 30 dias, para ser retomado por mais alguns dias em alguns meses. 

Como diz o pai, ao finalizar o texto de agradecimento, "Talvez a Jojô não chegue 'to the moon' mas quem sabe ela não chegue em Marte primeiro ou então abra caminho para os que venham depois dela".

Sim, realmente ainda é muito cedo para prever quais serão os resultados do tratamento, mas uma coisa já é certa. A solidariedade e o amor envolvidos, inclusive de quem ajudou mesmo sem conhecer pessoalmente a Jojô, é uma mostra que a sociedade ainda pode ser boa, solícita e fazer mais pelo outro, algo tão importante e tão necessário em momentos como esses. 

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