A jundiaiense Margarida Santos da Silva foi uma das pessoas que contraíram o vírus da COVID-19, passou por complicações e teve que ser intubada. Foram momentos de angústia para ela e para toda a família. “Me puseram na ambulância, desci para o quarto feminino, aí eu só vi até aí, eu não vi mais nada”, lembra.
Foram 51 dias internada, sendo que 20 desses foram na UTI do Hospital São Vicente de Paulo. “Eu estava na casa da minha filha e comecei a sentir dor de cabeça. Me levaram no médico, chegou lá minha saturação estava baixa, estava 85 e eu fiquei internada”, conta dona Margarida.
Enquanto isso, a família sofria em aguardar notícias da matriarca. “O máximo que eles passavam por ligação era o básico”, conta a filha Vanessa. “No primeiro momento que ela internou a gente já ficou com muito medo porque ela é obesa, hipertensa, diabética”, lembra a outra filha, Charlene. E quando a mãe foi para a UTI, foi o momento de preocupação para todos. “Quando ela foi para a UTI foi o momento que a gente ficou muito neutralizado”, diz Charlene.
Como dona Margarida precisou ser intubada e teve o coma induzido, os médicos chegaram a dizer à família para ficarem preparados para qualquer contratempo. “Os médicos chegaram a dizer para a gente manter o pé no chão, porque o caso dela era complicado”.
O principal sentimento que passava na cabeça de dona Margarida era que, talvez, ela não pudesse mais ver sua família. “Quando eu estava no quarto da UTI, eu pensava que nunca mais ia ver meus netos”, se emociona.
Depois de todo o transtorno, e já recuperada, dona Margarida só pensa em ficar próxima das pessoas que mais ama. “Hoje eu penso em aproveitar o máximo que eu puder perto deles, estar perto deles e não perder nenhum pouco”, diz.
(Texto: TVTEC/Imagem: Arquivo Pessoal)
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