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Em carta, vizinho pede a jovem para deixar de usar “roupas vulgares”

Nesta sexta-feira (07/05), em Maringa, no Paraná, uma jovem de 22 anos recebeu debaixo de sua porta uma carta escrita à mão por um homem que se intitula “pai de família”, pedindo para ela deixar de usar “roupas vulgares” no condomínio onde mora.  O conteúdo da carta é realmente absurdo.

Senhora

Gostaríamos que tivesse o pudor e decência de usar roupas adequadas nas dependências do condomínio. Aqui mora pessoas casadas e de varias religiões e a senhora não está tendo o respeito usando roupas vulgar. Não sei de onde veio, mais aqui mora gente de família. Então por favor da-se o respeito. Porque eu como homem e paí de família fiquei com vergonha de estar com minha filha e a senhora quase núa lá fora. Muda o jeito de-se portar neste lugar ou vamos conversar com a dona do apartamento. Aqui não é zona não! Respeite as famílias desse lugar obrigado.

De acordo com o Uol Notícias, o caso foi denunciado nessa terça-feira (11/5) em um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Paraná (PCPR). Ao compartilhar o bilhete, a jovem disse se tratar de assédio e injúria. “Crimes morais. Estou totalmente abalada com o ocorrido. Tomarei as providências cabíveis”, assinalou.

Ana Paula não sabe qual vizinho denunciou, mas acredita que a denúncia tenha sido feita após um dos moradores a verem usando um short e uma blusa. “Eu não sei o dia exato que o tal vizinho me viu, mas os dias que eu saí, estava de short de tecido e blusinha de alça. Isso é algum crime?”, questiona ela, que trabalha como escriturária em um hospital de Maringá e se mudou recentemente para o condomínio residencial localizado no distrito de Iguatemi.

"Eu não esperava que iria ler algo tão absurdo. Quando eu comecei a ler, no momento eu senti náuseas. Fiquei indignada. Não queria acreditar no que estava lendo. Foi um absurdo total e me julgou sem me conhecer", afirmou.

“Estou com medo de alguém fazer algo comigo [algo físico]. Fora isso, não mudarei meu jeito de ser, e também não vejo problemas em continuar ali. Se a pessoa está incomodada, ela que se mude. Continuarei agindo normal, sendo simpática como sempre fui”, relata a vítima, afirmando que não se mudará do condomínio onde mora atualmente.

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