Logo no início da pandemia, a empreendedora de Jundiaí, Ana Maria Tonelli de Souza, foi uma das inúmeras pessoas que contraiu o vírus. Ela e o marido testaram positivo para a COVID-19 no início de agosto de 2020. “A gente só descobriu porque precisamos fazer o teste para retornar ao trabalho. Meu marido fez o teste e testou positivo, aí eu também fiz o teste e nós já nos resguardamos”, lembra. O casal ficou os 14 dias recomendados de quarentena, mas os sintomas eram leves. “Um leve cansaço, uma respiração um pouquinho mais ofegante”, relembra.
A grande surpresa veio depois, quando a empreendedora começou a desenvolver sintomas mais fortes da doença em dezembro. “Na segunda vez, no dia 20 de dezembro, eu estava trabalhando e comecei a sentir calafrios e ficar febril, com uma sensação ruim. E como eu já tinha tido a COVID e estava exposta porque precisava trabalhar, eu sabia que poderia ser”, conta a empreendedora. Ela lembra que a suspeita veio por conta de uma dor de cabeça persistente. “Aquela dor de cabeça no fundo dos olhos, no meio da cabeça, aquela coisa que não passa, fica latejando o dia inteiro. Quando eu comecei com essa dor de cabeça, no mesmo dia já tive certeza que era COVID”.
Além de Ana, o marido também acabou contraindo o vírus e para piorar os filhos gêmeos pequenos também. “A minha filha mais velha estava na casa do pai e nem retornou para gente ficar no resguardo, e os dois pequenininhos começaram a apresentar febre”.
O jeito encontrado pela empreendedora foi seguir com a quarentena de uma maneira diferente. “A gente ficou isolado num apartamento de 70 metros. Então a gente teve que se reinventar”, conta. Para entreter os filhos pequenos, o casal teve que ‘liberar’ a casa para a brincadeira. “Então tinha dia que tinha, sim, pintura na sacada. Era dia que tinha terra pela casa inteira para eles brincarem, tinha dia que era a parede virando obra de arte. Mas a gente deixava, porque não tinha outra opção”.
Os sintomas começaram a melhorar depois de 10 dias com a doença. Para Ana, passar por tudo isso foi uma grande lição. “Eu acredito muito que tudo o que a gente passa tem que ser um aprendizado. É algo que a gente tem que trazer pra nossa vida sim, rever os nossos valores. O que a gente espera da gente, o que a gente espera do mundo em si, das pessoas em si”, diz.
(Texto: TVTEC/Imagem: Arquivo Pessoal)
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